STF forma maioria para arquivar inquérito contra Calheiros e Barbalho na Lava Jato

Inquérito investiga possível pagamento de propina aos senadores durante as obras da hidrelétrica de Belo Monte

Gabriel Hirabahasi, da CNN, em Brasília
Os senadores Jader Barbalho (MDB-PA) e Renan Calheiros (MDB-AL)
Os senadores Jader Barbalho (MDB-PA) e Renan Calheiros (MDB-AL) de pé no plenário do Senado  • Moreira Mariz/Agência Senado (8.nov.2017)
Compartilhar matéria

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quinta-feira (10), para arquivar um inquérito que investiga um possível pagamento de propina aos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA) nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.

Até o momento, sete ministros se manifestaram nesse sentido, seguindo o entendimento do ministro Edson Fachin, relator do caso.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes acompanharam Fachin.

O julgamento acontece no plenário virtual do STF – modalidade de votação em que os ministros registram seus votos no sistema do Supremo, sem que haja uma sessão para a leitura individual de cada voto – e se encerra nesta sexta-feira (11).

O inquérito foi aberto em 2016, a partir do depoimento de colaboradores da Justiça, como o ex-senador Delcídio do Amaral, cassado em 2016. Segundo a delação, construtoras acertaram o pagamento de R$ 30 milhões em propina para PT e PMDB.

Esse dinheiro teria sido repassado para a campanha de Dilma Rousseff e para o grupo aliado do ex-presidente do Senado e ex-presidente da República José Sarney (MDB-AP).