STF mantém prisões determinadas por Moraes após audiência de custódia
Dos dez alvos, nove foram presos, conforme decisão do ministro do Supremo; mandados foram cumpridas em sete estados e no DF

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve as prisões domiciliares de nove condenados pela trama golpista após audiência de custódia realizada na noite deste sábado (27).
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes decretou as prisões, que foram cumpridas pela Polícia Federal (PF), com uso de tornozeleira eletrônica.
As ordens judiciais foram cumpridas em sete estados, sendo o Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins, além do Distrito Federal, e contou com o apoio do Exército em parte das diligências.
Além da prisão domiciliar, foram impostas medidas cautelares como a proibição de uso de redes sociais, de contato com outros investigados, a entrega de passaportes, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo e a proibição de visitas.
Entre os alvos estavam:
- Ailton Golçalves Moraes Barros
- Angelo Martins Denicoli
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
- Guilherme Marques Almeida
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Filipe Martins
- Marília Ferreira de Alencar
- Bernardo Corrêa
- Sergio Cavaliere
- Fabricio Moreira de Bastos
Dentre os alvos, Cesar Moretzsohn Rocha não foi localizado e é considerado foragido.
Já Guilherme Marques Almeida, a princípio não estava no estado que constava no mandado. No entanto, o alvo se apresentou posteriormente e agora também cumpre a prisão domiciliar.
A decisão de Moraes aconteceu após a prisão do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, que estava com medida cautelar e fugiu para o Paraguai
Silvinei foi detido na madrugada de sexta-feira (26), quando tentava embarcar em voo que faria escala no Panamá e iria para El Salvador.
Informações preliminares dão conta de que o ex-diretor rompeu a tornozeleira e viajou de carro de Santa Catarina ao Paraguai. Para embarcar no voo, ele tentou usar a identidade de um paraguaio que teve o documento extraviado.
Ainda segundo a PF, a identificação foi confirmada por meio de “procedimentos técnicos, incluindo reconhecimento facial, com apoio da Polícia Federal no Paraguai, por meio de cooperação policial internacional”.


