Tarifas: defesas dos réus da trama golpista temem rigor maior do STF

Advogados de réus envolvidos em investigação sobre plano de golpe de Estado acreditam que declarações do ex-presidente americano podem agravar situação

Da CNN
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As defesas dos réus envolvidos na investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado no Brasil expressam preocupação com possíveis repercussões das recentes declarações de Donald Trump. Segundo a apuração da analista de Política da CNN Luísa Martins, os advogados temem que os ataques do ex-presidente dos Estados Unidos possam interferir no julgamento e agravar a situação dos investigados.

Contrariamente às expectativas iniciais, a ofensiva de Trump, conhecido aliado de Bolsonaro, não deve intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo contrário, os defensores antecipam um possível aumento no rigor com que a Corte tem conduzido as investigações e ações relacionadas a atos antidemocráticos.

Postura do STF e reações

O STF não planeja alterar seu cronograma ou adiar julgamentos em resposta às declarações de Trump. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, figura central nesses processos, manteve-se discreto, sem manifestações públicas sobre o assunto. A Corte optou por não se pronunciar oficialmente, deixando a resposta para o governo federal.

Já o ministro Flávio Dino, por sua vez, fez uma publicação nas redes sociais reforçando a soberania nacional, sem mencionar nomes, mas indicando que o Supremo não se deixará intimidar por pressões externas.

Medidas de precaução

Em meio a esse cenário, o STF estuda intensificar medidas como a apreensão de passaportes. Essa decisão ganha relevância após episódios recentes, como a viagem de Carla Zambelli para a Europa e a presença do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

O caso de Bolsonaro, que passou duas noites na embaixada da Hungria após ter seu passaporte apreendido, também contribui para essa reflexão sobre o endurecimento das medidas preventivas.

A tendência observada é que, quanto mais ataques a Corte sofre, mais rigorosa ela se torna, especialmente em investigações que tratam de ameaças à democracia e às instituições brasileiras. Esse padrão de resposta sugere que o STF está determinado a manter sua postura firme diante de pressões, sejam elas internas ou externas.

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