
TSE deve julgar amanhã declarações de Bolsonaro em reunião com embaixadores
Ministros da Corte Eleitoral vão analisar ações de partidos por suposta propaganda eleitoral no encontro e ataques, sem provas, às urnas eletrônicas

Além de votar nesta terça-feira (30) a restrição ao porte de armas no dia da eleição, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral incluiu na sessão de julgamento ações de registro de candidatura e representações sobre propaganda irregular na reunião de embaixadores com Jair Bolsonaro, em 18 de julho.
A Corte incluiu quatro representações e uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que questionam disseminação de desinformação, realização de propaganda eleitoral antecipada e utilização indevida de meio de comunicação, além da existência de supostos ataques à integridade do sistema eleitoral, por meio da difusão de notícias falsas no encontro com embaixadores.
Em uma das ações, o Ministério Público Eleitoral pede que Bolsonaro seja multado por ter promovido o encontro.
Em outra, ministro Mauro Campbell, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, determinou a retirada do ar de vídeos com o discurso feito por Bolsonaro a embaixadores.
Sobre o porte de armas, a discussão será em uma consulta pública feita por nove partidos de oposição.
A proposta do grupo é que seja proibida a entrada e a circulação de pessoas armadas nos locais de votação e nas seções eleitorais nos dias 2 e 30 de outubro, quando serão realizados o primeiro e o segundo turno, respectivamente.
A Corte também o incluiu na pauta registro de candidatura de Roberto Jefferson (PTB) à Presidência da República.
Em 18 de agosto, o Ministério Público Eleitoral pediu que a candidatura seja impugnada. Segundo o Ministério Público, a candidatura de Jefferson é irregular porque o ex-deputado federal estaria inelegível.
O ex-deputado federal declarou ter um patrimônio de R$ 745.323,41 ao registro sua candidatura.
O tribunal também deve julgar o pedido de registro de Léo Péricles, relatado pelo ministro Mauro Campbell Marques. Leo, candidato do Unidade Popular, declarou ter só uma poupança de R$ 197.