União de oposição e independentes em CPI é dever histórico, diz Randolfe à CNN
Vice-presidente da comissão, o senador afirmou que o pacto estabelecido pelas duas alas é de "procurar a verdade"
Em entrevista exclusiva à CNN, o vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a união da oposição com independentes na comissão é dever histórico. De acordo com o senador, o pacto feito entre as alas é o de procurar a verdade.
“Eu acredito que para o bem do Brasil e para a expectativa que os brasileiros têm, que nós temos o dever histórico de ficarmos juntos. O pacto e o acordo feito é sobre procurarmos a verdade, seja ela onde estiver”, afirmou.
A união entre as duas alas possibilitou a articulação para eleger Omar Aziz (PSD-AM) como presidente da comissão e Renan Calheiros (MDB-AL) como relator.
Para Randolfe, essa é a Comissão Parlamentar de Inquérito mais importante da história do Brasil, uma vez que nenhuma CPI começou sob o peso da morte de tantas pessoas. Segundo ele, a primeira responsabilidade da comissão é ter foco nos trabalhos.
“Nenhuma CPI começou seus trabalhos sob o peso da perda de quase 400 mil vidas de brasileiros e brasileiras, sob o peso de quase 400 mil famílias brasileiras enlutadas. Então, a primeira responsabilidade dessa CPI é ter foco”, afirmou.
De acordo com o senador, a comissão tem 90 dias para responder o motivo de o Brasil não ter vacinas antes e a razão de não terem sido adotadas medidas necessárias para impedir o agravamento da pandemia antes. Caso essas perguntas não sejam respondidas, a CPI pode ser prolongada por mais 90 dias.
“Temos que trabalhar com foco nessas questões. CPI não investiga pessoas, investiga fatos. Fatos podem levar à responsabilização das pessoas”, ressaltou.
O senador confirmou, ainda, que os primeiros a serem chamados para prestar esclarecimentos serão os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.
