Urna eletrônica: entenda como funciona e por que ela é segura

Aparelho é utilizado em eleições desde 1996 e conta com sistemas de segurança testados pelo TSE

Maria Clara Matos, da CNN*, Gabriela Vasques, colaboração para a CNN, São Paulo
A urna eletrônica é utilizada nas eleições brasileiras há 28 anos  • 21/09/2022 - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Compartilhar matéria

No dia 27 de outubro, os brasileiros voltarão a teclar em uma urna eletrônica para votar em seus candidatos no segundo turno das eleições municipais de 2024.

O uso do equipamento aconteceu pela primeira vez em 1996, em uma eleição municipal, como a que acontece neste ano.

A CNN explica agora como ela funciona e outros detalhes da urna eletrônica.

O que é a urna eletrônica?

A urna eletrônica é um tipo de microcomputador criado para contabilizar votos em eleições. Seu nome oficial é Coletor Eletrônico de Voto (CEV).

Como funciona uma urna eletrônica?

A urna eletrônica tem três cartões de memória. Eles contêm informações sobre os eleitores e os candidatos.

Ao final da votação, um código é digitado no aparelho para avisá-lo de que o pleito chegou ao fim. A urna, então, imprime automaticamente três vias dos Boletins de Urna, com o número de votos que cada candidato recebeu.

Quem produz as urnas eletrônicas no Brasil?

A parte física da urna, ou seja, o hardware, foi adquirida pela Justiça Eleitoral em um processo de licitação, e é produzida no Brasil. Já o programa usado na votação (o software) foi desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quando o Brasil começou a usar a urna eletrônica?

O Brasil começou a usar a urna eletrônica em 1996, mas o aparelho não é o mesmo. Ele passou por modificações ao longo do tempo.

Para onde são levadas as urnas após a votação?

Quando as votações são encerradas, todas as urnas eletrônicas presentes nos 26 estados e no Distrito Federal são recolhidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e guardadas. Parte dessas urnas são armazenadas em um galpão na sede do TSE.

A urna é ligada à internet?

A urna eletrônica não tem ligação com a internet.

A urna eletrônica pode ser hackeada?

A urna eletrônica não tem conexão com a internet ou com nenhuma rede de computadores. Dessa forma, ela não pode ser invadida ou hackeada.

Além disso, o sistema da máquina é modificado pela Justiça Eleitoral para garantir que não haja acesso a nenhum tipo de software com conexão externa. Também não é possível que um hacker, por exemplo, modifique qualquer dado contido nas urnas, pois os dados são protegidos por uma técnica de assinatura digital.

CNN acompanha, em tempo real, a apuração dos votos em todas as 51 cidades do Brasil que disputam o segundo turno neste domingo (27).