Eleições 2022

Waack: O 7 de Setembro deveria ser uma festa de todos nós

Mas este ano não é a festa de todos nós. É a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro, em permanente campanha política, julgou como excelente componente de suas táticas político-eleitorais

William Waack, da CNN
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O 7 de Setembro deveria ser uma festa de todos nós.

Ainda mais quando o país lembra os duzentos anos de independência.

Pois é refletindo sobre o passado que se pode pensar no futuro possível.

Mas este ano não é a festa de todos nós.

É a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro, em permanente campanha política, julgou como excelente componente de suas táticas político-eleitorais.

Das quais é parte central o incessante ataque a instituições como o judiciário.

E a tentativa duvidosa de se apropriar da imagem das Forças Armadas.

Como se as Forças Armadas tivesse lado na política, e pudessem estar a serviço dos interesses eleitoreiros de um dos candidatos.

Nesse sentido, o chamado do presidente para os eventos públicos – como os tradicionais desfiles – e eleitorais de amanhã tem um tom intimidatório.

Não é para uma festa que as pessoas estão sendo convidadas.

Mas para uma demonstração de força cujo alvo principal nem parece ser o principal adversário político.

A postura do presidente consiste basicamente em declarar que ele e seus seguidores são os verdadeiros patriotas.

Quando a pátria é de todos nós, não importa seu credo político ou religioso.