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    X divulga ofício que pede bloqueio de perfis de bolsonaristas; Musk critica ministro

    Plataforma ainda não tinha tirado perfis do ar, como mandou o ministro do STF no último dia 8; foram pedidos os bloqueio de oito perfis, incluindo o do senador Marcos do Val (Podemos-ES)

    Lucas Schroederda CNN , São Paulo

    O bilionário sul-africano Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), divulgou na terça-feira (13) um ofício do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que o magistrado pede o bloqueio de perfis bolsonaristas na rede social.

    O ofício, que data da última quinta-feira (8), pede que os perfis sejam bloqueados em até duas horas. Na manhã desta quarta, as páginas continuam no ar. A CNN procurou o X e aguarda retorno.

    “Esta plataforma está sendo solicitada a censurar conteúdo no Brasil, onde as exigências de censura nos obrigam a violar a lei brasileira! Isso não está certo”, escreveu Musk. Duas imagens da decisão de Moraes aparecem abaixo do texto do bilionário.

    No ofício em questão, o ministro do Supremo solicita o bloqueio, no prazo de duas horas, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00, dos perfis de:

    • Ed Raposo;
    • Claudio Rosagane da Luz;
    • Josias Pereira Lima, pastor evangélico;
    • Marcos Ribeiro do Val, senador do Podemos pelo Espírito Santo;
    • Paola da Silva Daniel, esposa do ex-deputado federal Daniel Silveira;
    • Sandra Mara Volf Pedro Eustáquio;
    • Mariana Volf Pedro Eustáquio;
    • Sergio Fischer.

    Até a manhã desta quarta-feira (14), a publicação de Musk, bem como todos os perfis mencionados acima, encontravam-se no ar na plataforma.

    Mensagens apontam que Moraes usou TSE para investigar bolsonaristas, diz jornal

    A postagem de Musk foi feita poucas horas após reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar que Moraes usou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas.

    Mensagens apontam que Moraes usou TSE para investigar bolsonaristas, diz jornal

    Mensagens obtidas pelo jornal mostram, conforme o texto, que o juiz instrutor de Moraes, Airton Vieira, pedia informalmente a Eduardo Tagliaferro, funcionário do TSE, relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Tais documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.

    Em nota, o gabinete de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive o TSE.

    “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, argumentou o ministro.

    Moraes: procedimentos foram oficiais, regulares e estão documentados

    Em nota sobre o episódio, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao TSE. “Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

    “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, encerra o texto.

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