Comitiva brasileira diz a Netanyahu querer desenvolver spray junto com Israel
Primeiro-ministro israelense colocou sua equipe à disposição do Brasil para auxiliar nas conversas com institutos e centros médicos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu nesta segunda-feira em seu gabinete o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro e o assessor para assuntos internacionais do Planalto, Filipe Martins. Foi uma exceção já que a comitiva brasileira está impedida de sair do hotel onde está hospedada, em uma espécie de quarentena, como medida local de combate à Covid-19.
Com mais da metade da população vacinada, Israel está muito à frente no combate ao coronavírus. O Brasil tem cerca de 4% de brasileiros vacinados.
No encontro a portas fechadas, de acordo com relatos à CNN, Netanyahu colocou sua equipe à disposição do Brasil para auxiliar nas conversas com institutos e centros médicos em pesquisas que vão além do spray nasal, utilizado contra câncer, e que está sendo testado no tratamento contra coronavírus.
Ainda hoje, mas dentro do hotel, parte da comitiva estará com especialistas do Instituto Ichilov de Tel Aviv, onde são feitos os testes com o spray. Em vídeo divulgado pelo Itamaraty, o ministro Ernesto Araújo afirma que o Brasil quer saber como pode estar "junto" com o Instituto "para o desenvolvimento do spray", que não possui comprovação científica. O ministro classifica o produto de "promissor".

Até aqui, o único resultado prático consiste na criação de um grupo de trabalho com o Instituto Weizmann de Ciência, para o compartilhamento de informações de mais de 65 linhas de pesquisas na área de enfrentamento à pandemia, incluindo novas tecnologias de testagem, de antecipação de tendências na propagação do vírus, de medicamentos e de vacina. Representantes dos Ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia estiveram com especialistas do Weizmann em uma longa reunião, no domingo, que ocorreu dentro do hotel.