Correspondente Médico: Como explicar sintomas persistentes da Covid-19?

Fernando Gomes explica o motivo de pacientes curados terem sintomas por semanas

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Um novo estudo feito pelo King's College London, no Reino Unido, identificou as pessoas com o maior risco de desenvolver a “Covid longa”. Esta é a denominação quando os sintomas persistem, por até oito semanas, mesmo quando o paciente está curado da doença.

Na edição desta sexta-feira (23) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como é possível um paciente já curado da doença, ainda ter alguns sintomas da Covid-19.

"[Nestes casos] existiu a manifestação clínica da doença, que deve variar em duas semanas e em casos mais graves, em até quatro. Depois disso, ainda existe a descrição e apresentação de sintomas que se referem ao novo coronavírus", iniciou o médico. 

Ao explicar o motivo para a persistência, Fernando Gomes relembrou os sintomas mais comuns do novo coronavírus como dores de cabeça e muscular, cansaço tosse e dificuldade para respirar. Mas, segundo ele, é normal que em momento de recuperação, alguns sintomas poderão existir. 

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Correspondente Médico: Como explicar sintomas persistentes da Covid-19?
Correspondente Médico: Como explicar sintomas persistentes da Covid-19?
Foto: Reprodução/ CNN

"A gente sabe que existe o papel do vírus dentro das próprias células e o processo inflamatório, que acaba ressaltando o que a pessoa veio a sentir. Quando a gente fala de fase de convalescença, momento de recuperação, é de se esperar que alguns sintomas venham a aparecer".

Dos sintomas persistentes e mais comuns, na avaliação do médico, está a dor de cabeça e a fadiga crônica.

"Entre os sintomas persistentes, por exemplo, a pessoa tinha um padrão de dor de cabeça que se modificou após o vírus. Ou então, o cansaço se torna algo crônico, o que tem sido observado entre as queixas (...) Não é algo diferente ou novo que já não seja esperado", explica. 

E finaliza: "Se o quadro for muito grave, a persistência da Covid-19 pode ser maior. (...) Precisamos de mais tempo para entender se existe o impacto, a longo prazo, desta doença".

(Edição: André Rigue)

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