Correspondente Médico: Quais são os sintomas da malária e como tratar?
Atriz Camila Pitanga e filha foram diagnosticadas com a doença
A atriz Camila Pitanga revelou na terça-feira (11) que está com malária, após apresentar sintomas como febre alta e calafrios. Ela afirmou que tinha a suspeita de estar infectada com Covid-19, mas realizou o teste PCR, que confirmou o resultado negativo.
A atriz disse que sua amiga suspeitou de malária devido ao seu isolamento em uma zona da Mata Atlântica, no litoral de São Paulo. "Uma vez que a suspeita era malária, doença muito rara, não há melhor lugar para você ser tratado do que a rede SUS, local de referência e excelência para doenças endêmicas", disse em rede social.
Na edição desta quarta-feira (12) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é a malária, as formas de contágio e qual o tratamento ideal para a doença. "Esta é uma doença infecciosa e febril. No início do quadro, os sintomas podem parecer muito com uma gripe", iniciou.
Segundo o Ministério da Saúde, a malária é causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas mais comuns, além da febre alta, são calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
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"Ao entrar na corrente sanguínea, os glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio, ficam acometidos. E estes protozoários podem ficar alojados por um longo tempo em tecidos como o fígado, por exemplo. Se a pessoa não tem o diagnóstico e não trata, ela pode desenvolver uma doença crônica e que pode acabar em morte", explicou.
De acordo com o neurocirugião, muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. "Potencialmente, é uma doença que pode ser evitada, diagnosticada e tratada. Quando isso não ocorre da maneira correta, a pessoa pode ter vários ciclos da malária", alerta Gomes.
A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Fernando Gomes reforça que existem medicamentos antiparasitários e antibióticos que colaboram para a eliminação do parasita.
"É importante que se faça, em primeiro lugar, a prevenção e utilizar roupas compridas em regiões endêmicas. Além dos antibióticos, também temos cloroquina que auxilia na profilaxia da doença. Mas o objetivo principal é exterminar o parasita", finaliza.
(Edição: André Rigue)