Dia do orgasmo: entenda como o “clímax” pode aumentar a produção de leite materno
Ocitocina, também conhecido como "hormônio do amor", é o grande responsável pela conexão; especialista explica
O Dia Mundial do Orgasmo é comemorado nesta segunda-feira (31). A data foi criada por uma rede de sex shops na Inglaterra, em 1999, para celebrar o prazer e quebrar tabus relacionados ao tema.
Além dos benefícios já conhecidos, o orgasmo feminino proporciona o aumento da circulação sanguínea, efeitos terapêuticos e pode contribuir com a produção de leite materno.
O mês de agosto, inclusive, foi designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “Agosto Dourado”, com o objetivo de simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação e promover a conscientização sobre a importância do aleitamento materno para a saúde e o desenvolvimento das crianças.
Para as lactantes, a combinação entre prazer e amamentação pode ter uma motivação ainda mais especial. Isso porque, segundo estudo recente publicado na “National Library of Medicine”, os níveis de ocitocina da mulher, hormônio responsável pela produção de leite materno, aumentam consideravelmente após um orgasmo, fazendo com que mulheres elevem sua produção de leite após o ápice de prazer.
Também conhecido como o “hormônio do amor”, a ocitocina é a grande responsável pelo prazer nas relações sexuais, além de estimular as contrações durante o trabalho de parto e fazer com que o leite desça após o nascimento do bebê.
Hormônio do amor
Ao atingir um orgasmo, a mulher tem uma produção alta de ocitocina, que é produzida no hipotálamo, uma pequena glândula localizada no cérebro.
“O hormônio proporciona, inclusive, sensações de relaxamento, bem-estar e alívio do estresse”, explica a consultora de amamentação e especialista em ordenha de leite materno, Ana Carolina Ferreira, formada pela Universidade da Califórnia San Diego Extension e atua na área da Saúde em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Para a especialista, a mulher pode se beneficiar das ordenhas até o dia seguinte após o orgasmo. “Esse é um excelente momento para a mãe aproveitar e fazer a ordenha a fim de montar um estoque de leite materno para seu bebê”, acrescenta a profissional.
Ana Carolina pontua também que essa é uma forma eficaz e natural de aumentar a produção de leite materno, diferente de “receitas mágicas” e fórmulas “de avós”. “Não existe atalho nesse quesito e o que realmente vai aumentar a produção de leite materno é o momento de relaxamento da mãe. E esse momento pode ser atingido não só através do sexo, mas também quando a mulher pratica algo que lhe dá prazer, seja comer algo que ela goste, assistir uma série ou ler um livro”, comenta.
Embora a ligação entre orgasmos e a produção de leite materno seja incontestável, é fundamental que as mães que buscam formas alternativas de aumentar sua produção consultem profissionais de saúde qualificados. Especialistas em lactação e médicos podem fornecer orientação individualizada e discutir outras abordagens para melhorar a amamentação.
É importante lembrar, inclusive, que o aleitamento materno é um processo complexo que envolve diversos fatores físicos e emocionais. A maternidade é uma jornada única e, para muitas mulheres, a amamentação desempenha um papel essencial nesse processo.
UBSs de cinco estados terão salas de amamentação
Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cinco estados — Pará, Paraíba, Distrito Federal, São Paulo e Paraná — fazem parte do projeto piloto do Ministério da Saúde para a instalação de salas de amamentação em postos públicos. Os espaços estão em fase de implantação e, depois, serão incluídos em todas as obras de construção de UBSs.
A iniciativa foi divulgada nesta segunda-feira (31) durante lançamento da campanha nacional de incentivo à amamentação, que abriu a Semana Mundial de Aleitamento Materno no Brasil.