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    Estudo do Imperial College diz que Covid-19 pode envelhecer o cérebro em 10 anos

    Segundo a análise com 84.285 pacientes, as pessoas que se recuperaram da doença continuaram a exibir déficits cognitivos significativos comparado com a média

    Raphael Coraccini, colaboração para a CNN Brasil



     

    Médicos e cientistas do Imperial College, no Reino Unido, apontam que a Covid-19 pode causar um declínio das funções cerebrais em pacientes que tiveram a doença. Segundo o estudo, o cérebro pode envelhecer até 10 anos por conta do impacto do vírus na estrutura e no funcionamento do órgão.

    O estudo, chamado “Déficits cognitivos em pessoas que se recuperaram de Covid-19 em relação aos grupos de controle” foi feito com 84.285 pacientes e aponta que as pessoas que se recuperaram da doença continuaram a exibir déficits cognitivos significativos comparados com a média. “Há evidências de que Covid-19 pode causar alterações de saúde a longo prazo após sintomas agudos”, afirma o estudo.

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    Segundo os cientistas, os indivíduos que vencerem a Covid-19 e não apresentaram mais sintomas continuaram a ter desempenho pior em testes cognitivos como o Great British Intelligence Test, que mede a capacidade do cérebro em executar tarefas como lembrar palavras ou juntar pontos em um quebra-cabeça. Esse método é amplamente usado para estudos de pessoas com a doença de Alzheimer ou com suspeitas, além de outras deficiências mentais permanentes ou temporárias.

    O estudo ainda não foi submetido à avaliação da comunidade científica. Alguns questionamentos sobre a validade da pesquisa estão relacionados à maneira como foi realizada. Os testes cognitivos são realizados pela internet com pessoas que afirmam terem tido Covid-19, mesmo que não tenham feito teste para comprovar.

    Além disso, há dúvidas também sobre a validade em se comparar os resultados dos relatórios do Great British Intelligence Test apenas com a média dos resultados, e se isso seria suficiente para atestar que os efeitos são duradouros.

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