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    Ministério da Saúde mantém intervalo de 12 semanas entre doses da Pfizer

    A pasta cita recomendações recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que confirmam a eficácia da estratégia adotada pelo Brasil

    Cassius Zeilmann , Da CNN, em Brasília

     O Ministério da Saúde vai manter o intervalo de 12 semanas entre a aplicação da primeira e da segunda dose da vacina da Pfizer. A decisão foi anunciada em nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), publicada nesta terça-feira (29). 

    A bula do imunizante prevê um período de 21 dias entre as doses, tendo como base os testes de segurança e eficácia da fórmula. 

    Segundo a secretaria, recomendações recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam a eficácia da estratégia adotada pelo Brasil já no início da campanha de vacinação. Segundo a nota técnica, dados de estudos conduzidos nos Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, identificaram um maior pico de produção de anticorpos no esquema com intervalo de 12 semanas em relação ao esquema padrão de 21 dias. 

    A pasta diz ainda que o esquema de 12 semanas contribui para que o Brasil atinja uma maior cobertura vacinal com a primeira dose. 

     

    Segundo a Agência CNN, o Brasil já aplicou um total de 97.110.315 doses, com uma média de 45,86 doses a cada 100 habitantes.

    “Os dados epidemiológicos e de efetividade da vacina serão monitorados, sendo que a presente recomendação, a luz de novas evidências, poderá ser revista caso necessário”, diz a nota técnica.

    Especialistas avaliam que a recomendação do Ministério da Saúde de fazer um intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 não é o melhor caminho a ser adotado. 

    “Nós que somos cientistas preferimos recomendar o que já tem dados. É difícil dizer o que vai acontecer além do intervalo estudado. O intervalo recomendado pela Pfizer, de 21 dias, deveria ser cumprido, porque foi o que foi aprovado, inclusive pela nossa agência regulatória. É ruim sair disso”, afirmou a epidemiologista Ethel Maciel à CNN em maio.