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    Não há motivo para pânico por coronavírus, diz Bolsonaro em pronunciamento

    Mais cedo hoje, Ministério da Saúde confirmou um total de 13 casos da doença no Brasil

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na noite desta sexta-feira (6) que “não há motivo para pânico” por causa do novo coronavírus (COVID-19). Bolsonaro deu a declaração em cadeia nacional de rádio e TV.

    “O momento é de união. Ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico. Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de prevenção”, afirmou.

    À tarde, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tem 13 casos do novo coronavírus, sendo 10 em São Paulo, um no Rio, um no Espírito Santo e um na Bahia. 

    O presidente disse ter determinado “ações que ampliam o funcionamento” dos postos de saúde, assim como reforço a hospitais e laboratórios, sem dar detalhes.

    Segundo Bolsonaro, “o governo federal vem prestando orientações técnicas a todos os estados, por intermédio do Ministério da Saúde”, e o poder público vai garantir “o funcionamento das nossas instituições até o retorno à normalidade.”

    Ao contrário do que ocorreu em dias anteriores, o Ministério da Saúde deu poucos detalhes sobre os novos casos confirmados. Uma das únicas informações dadas pelo ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi de que as novas ocorrências não têm relação com viagens à Itália, como vinha acontecendo até agora. Nos casos anunciados nesta sexta, o contágio ocorreu no Reino Unido e nos EUA.

    De acordo com o governo, o país tem 768 casos suspeitos do COVID-19. São Paulo lidera a lista, com 222, seguido por Minas Gerais (123), Rio Grande do Sul (112) e Rio de Janeiro (111). 

    As regiões Norte e Nordeste são as menos afetadas, e apenas cinco estados brasileiros não têm nenhuma suspeita no momento: Acre, Amapá, Roraima, Maranhão e Tocantins.

    O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Henrique Rosa Croda, disse acreditar que a entrada do Brasil na lista de países com transmissão comunitária é questão de dias, porque há pacientes assintomáticos que podem estar passando o COVID-19. A transmissão comunitária ocorre quando não se sabe a origem do contágio e o vírus está sendo passado entre a comunidade. 

    Quase 100 mil casos no mundo

    Até o começo da tarde desta sexta-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) havia confirmado 99.624 casos do novo coronavírus em 90 países e territórios, com 3.400 mortes. A China ainda é o país com mais casos (80.710), seguida por Coreia do Sul (6.284), Irã (4.747) e Itália (3.858).

    Casos de doenças causadas pelo novo coronavírus foram notificados pela primeira vez no fim de 2019, na China. Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do COVID-19 constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional.

    As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias. Se uma pessoa tiver febre, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico assim que possível e compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde; lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um tecido — em seguida, jogar fora o tecido e higienizar as mãos. 

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