O que são os compostos presentes em esmaltes em gel proibidos pela Anvisa
Anvisa proibiu o uso de duas substâncias químicas utilizadas em produtos

A Anvisa proibiu recentemente, o uso de duas substâncias químicas utilizadas em produtos para unhas, higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Os dois compostos que podem ser prejudiciais à saúde são o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina).
Essas substâncias químicas podem estar presentes em produtos usados para fazer unhas artificiais em gel ou esmaltes em gel, que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. A proibição das duas substâncias se aplica a qualquer produto cosmético.
A Anvisa fundamentou a decisão em pesquisas internacionais que comprovam os perigos dessas substâncias. O DMPT é considerado um composto com potencial cancerígeno em humanos, enquanto o TPO é classificado como prejudicial à reprodução, podendo afetar a fertilidade.
Com essa medida, o Brasil passa a seguir os mesmos critérios de segurança adotados pela União Europeia, que também proibiu recentemente esses componentes. A decisão evita que produtos considerados arriscados em outros mercados sejam disponibilizados no país.
Saiba o que são os dois compostos:
- TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina]
TPO (óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina) é um fotoiniciador usado principalmente em produtos que curam ou endurecem pela luz UV. Ele ativa reações químicas que solidificam resinas.
o TPO pode apresentar riscos à saúde, incluindo efeitos relacionados à toxicidade reprodutiva, razão pela qual seu uso passou a ser sujeito a restrições em alguns países. Após a polimerização completa, o risco é reduzido, pois ele reage e se incorpora ao material endurecido.
- DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina)
DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina) é um composto químico orgânico utilizado principalmente como acelerador e ativador de cura em sistemas de polimerização.
O DMPT é classificado internacionalmente como uma substância com potencial cancerígeno para humanos. Por esse motivo, seu uso tem sido restrito ou proibido em algumas aplicações, especialmente em produtos de contato direto com consumidores, como cosméticos e alguns materiais médicos.
*Com informações de Alan Cardoso, da CNN Brasil*


