OMS alerta para 'longa duração' da pandemia da Covid-19

Comitê de Emergência orientou que Estados membros continuem mobilizando organizações multilaterais em resposta à pandemia

Julyanne Jucá
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado, neste sábado (1/08), em que prevê uma "longa duração" da pandemia da Covid-19 no mundo. 

Na última sexta-feira (31), o Comitê de Emergência da Covid-19 foi convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, para discutir os pontos de maior atenção, necessários para o combate à Covid-19. Esta foi a quarta reunião do grupo. 

O destaque do comunicado divulgado trata da "longa duração prevista da pandemia da Covid-19, considerando a importância de esforços sustentados da comunidade nacional, regional e global." 

No mesmo comunicado, foi informado que o Comitê concorda, por unanimidade, que o surto ainda "constitui uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional"  que é o nível mais alto de alerta da OMS dentro do Regulamento Sanitário Internacional. 

A classificação foi anunciada mundialmente em 30 de janeiro. Na época, não havia nenhuma morte e menos de 100 casos confirmados fora da China. Em 11 de março, a emergência do novo coronavírus foi classificada como pandemia. 

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O Comitê de Emergência da Covid-19 orientou na reunião que a OMS e os Estados membros continuem mobilizando, de forma global e regional, organizações multilaterais em resposta à pandemia. Além disso, pede apoio ao financiamento de suprimentos e recursos humanos suficientes nos serviços essenciais de saúde e para acelerar pesquisas a terapias e vacinas. 

Outra recomendações apresentadas aos Estados membros é para que compartilhem informações e dados sobre a epidemiologia e gravidade da Covid-19, atualizando regularmente as informações sobre as medidas necessárias e os conselhos para viagem entre os países. 

A OMS pede também para que se fortaleça o envolvimento da comunidade acadêmica e o fornecimento de orientação para que as medidas sociais sejam aceitas e implementadas.

América Latina

Na noite de sábado (2), a América Latina ultrapassou a marca de 200 mil mortes em decorrência da Covid-19, evidenciando o status da região como um dos epicentros globais da pandemia. Além de Estados Unidos, Brasil e México acumularem mais mortes com o vírus do que qualquer outro país, juntos, representam cerca de 70% das fatalidades na região.

(Com Reuters)