
Roberto Kalil fala sobre as faces da obesidade no CNN Sinais Vitais
Estimativa é que a obesidade atinja 40% da população brasileira até 2035


Mais de 1 bilhão. Esse é o número de pessoas que sofrem com obesidade em todo o mundo. Destes, quase 40 milhões são crianças. E a projeção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de aumento, e não queda, na quantidade de indivíduos obesos ou acima do peso. No Brasil, o problema já atinge mais de 6 milhões de pessoas, e nos coloca entre os países com as maiores taxas de obesidade no mundo.
O “CNN Sinais Vitais”, com Dr. Roberto Kalil, vai ao ar neste sábado (16), às 18h30, na CNN Brasil.
No “CNN Sinais Vitais” deste sábado, Dr. Roberto Kalil traz uma nova edição do especial Mesacast para tratar deste tema tão grave quanto urgente.
Ele recebe as endocrinologistas Claudia Cozer Kalil, integrante do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês, e Maria Edna de Mello, do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo para discutir todas as faces do problema: as causas, os tratamentos, os preconceitos e as regulamentações necessárias para evitar um agravamento do problema.
Kalil ressalta a importância de falar sobre obesidade como uma doença crônica e tratá-la como um problema de saúde pública. Isso porque, a estimativa é de que a obesidade deve atingir mais de 40% da população brasileira até 2035, com impacto econômico na saúde estimado em US$ 19,2 milhões, cerca de 3% do PIB.
O consumo dos chamados alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, açúcar e aditivos químicos, que aumentou 5,5% nos últimos dez anos, também contribuiu com o aumento da obesidade no Brasil.
Por isso, Maria Edna de Mello ressalta como é importante a regulamentação de rótulos de alimentos, e medidas governamentais que facilitem o acesso da população aos alimentos saudáveis. Ela cita como exemplo, a taxação de bebidas açucaradas, que já é uma realidade em outros países, mas que, no Brasil, ainda não foi implementada.
Para Cláudia Coser Kalil, um dos grandes desafios de tratar a obesidade é o fato de ela ser uma doença multifatorial, e inclui questões sociais e, muitas vezes, psicológicas.
“Tem que ter uma conscientização, associada talvez a um trabalho psicológico, de limites, de controle, de trabalhar essas vontades. Até porque a gente vive em um ambiente estressante que você busca um sentimento de prazer de alegria, às vezes, no alimento”, afirmou a médica do Hospital Sírio-Libanês.
Dr. Kalil também traz à tona as questões sobre o tratamento medicamentoso — que ganhou um novo capítulo com o uso de remédios como o Ozempic — e sobre a cirurgia bariátrica.
(Publicado por Flávio Ismerim, da CNN, em São Paulo)