Testes clínicos de vacina contra Covid-19 da UFRJ devem começar em novembro
À CNN, a pesquisadora Leda Castilho explicou que o resultado de testes em animais com o imunizante será submetido à Anvisa para análise
A vacina em potencial contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro deve avançar para a fase de testes clínicos – em humanos – no último bimestre deste ano.
Esta é a expectativa da coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ, Leda Castilho. Em entrevista à CNN, ela disse que 150 páginas de resultados referentes à produção e ao controle de qualidade serão submetidas à Anvisa para análise.
“Ainda estamos numa fase inicial, relatando resultados que mostram que o imunizante induz de forma intensa em animais a produção de anticorpos”, disse.
Ela ressaltou, no entanto, que a pesquisa ainda está em andamento em animais: “Até outubro vamos complementar com mais dados pré-clínicos, em animais, e vamos discutir outros resultados, quando estiver completo a Anvisa pode tomar a decisão, esperamos fazer testes em humanos em novembro.”
Uma vez que a Anvisa libere a pesquisa em humanos, o grupo de voluntários buscado pela UFRJ é de adultos acima de 18 anos, homens e mulheres, já vacinados há pelo menos 12 semanas e que não tiveram Covid-19.
“Em novembro e dezembro seria muito difícil conseguir o número de mil voluntários que não fossem vacinados”, explicou.
Fotos – vacinação no Brasil e no mundo
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Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo • Pedro Duran/CNN
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Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro • Mario Tama/Getty Images
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Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto • Mario Tama/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo • Reuters/Carla Carniel
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Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro • Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
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Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres • Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
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Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 • Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
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China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 • Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
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Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 • Getty Images (FG Trade)
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Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana • Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
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Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação • Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
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Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia • Adnan Abidi/Reuters
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Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia • STR/NurPhoto via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe • Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal • Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia • Reuters/Athit Perawongmetha
Mesmo assim, ela crê em bons resultados: “A gente acredita plenamente que vai ver diferença bastante boa na produção de anticorpos mesmo nas pessoas vacinadas.”
Uma vantagem da vacina da UFRJ é que ela já trabalha para ser ajustada para combate às variantes do coronavírus que estão circulando, como a delta, gama e beta.
Segundo Leda Castilho, o estudo, que começou em fevereiro de 2020 não teve “a disponibilidade de verba que grandes empresas tiveram, já que muitos governos fizeram investimentos muito altos nas vacinas aprovadas e isso explica porque foram desenvolvidas tão rapidamente.”