Unidades de saúde do Rio têm estoque de sedativos suficientes para três dias
Hospitais municipais receberam medicamentos usados para sedação do Centro Controle de Zoonoses
A prefeitura do Rio de Janeiro trabalha com estoque de medicamentos usados no chamado “kit incubação” para três dias. A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que haja o remanejamento dos insumos entre os hospitais. Isso inclui as unidades veterinárias. O Centro de Controle de Zoonoses, por exemplo, já cedeu medicamentos para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte. Isso porque as cirurgias veterinárias eletivas, assim como as humanas, estão suspensas por conta da pandemia.
“Todos os hospitais municipais, estaduais federais, todas essas unidades têm hoje um abastecimento para três dias e elas remanejam. A gente tem remanejado entre toda a rede pra que não falte em nenhuma unidade e a gente consiga manter um equilíbrio nesse fornecimento", disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Enquanto o número de casos de Covid-19 está em queda na cidade, a média móvel da quantidade de mortes ainda não acompanhou essa tendência. Segundo Soranz, a expectativa é que esse dado também melhore nas próximas semanas, já que o número de atendimentos e de internações de pessoas com sintomas da Covid-19 tem caído.
Além disso, de acordo com o último Boletim Epidemiológico da cidade, divulgado nesta sexta-feira, 37 casos de novas variantes foram identificados essa semana no Rio de Janeiro, entre eles, 31 são entre residentes da cidade. Com isso, no total já são 230 registros, 183 deles de moradores da cidade.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as cirurgias realizadas nas unidades veterinárias do Instituto de Vigilância Sanitária são eletivas e estão suspensas desde março, como medida de proteção à vida, para evitar a circulação e aglomeração de pessoas. Além disso, todos os recursos da SMS estão destinados ao atendimento dos casos emergenciais e prioritários, como os pacientes com Covid-19.
Já a direção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla afirmou, também por uma nota enviada pela assessoria de comunicação, que a unidade dispõe das medicações necessárias para a intubação dos pacientes.
Medidas restritivas são prorrogadas
A Prefeitura decidiu prorrogar as medidas restritivas até o dia 27 de abril. Elas se aplicam ao funcionamento de atividades econômicas e permanência de pessoas nas áreas públicas. As regras foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira (16).
Bares, lanchonetes e restaurantes podem funcionar até 21h, já o comércio segue aberto entre 10h e 18h. Já a permanência nas ruas no período da noite continua proibido assim como o funcionamento de boates, danceterias e casas de espetáculo. O decreto mantém, ainda, a proibição de permanência na praia. Estão liberadas apenas atividades esportivas individuais e coletivas, desde que não causem aglomerações.
Vacinação
O secretário de saúde do Rio informou que a vacinação segue garantida até segunda-feira mas existe a expectativa de chegada de em torno de 90 mil doses da Fiocruz ainda nesta sexta-feira. “Trabalhamos sempre no limite de falta de doses pela necessidade de acelerar a vacinação”, disse o secretário.
Até agora 1.180.297 cariocas receberam a primeira dose de imunizante, número que corresponde a 17,5% da população. Entre a população com 60 anos ou mais, 80,9% já foram vacinados. A meta é chegar a 91% dessa faixa etária até o fim do mês. Uma preocupação da secretaria é com relação ao intervalo entre as doses. É importante que as pessoas respeitem os 28 dias entre as duas etapas de vacinação, no caso da Coronavac. No Rio, de acordo com Soranz, em torno de 5% dos vacinados não respeitou o intervalo adequado entre as doses. “Tomar a segunda dose é fundamental para o processo de imunologia da cidade. As pessoas ficam imunes aos casos graves após 14 dias depois de tomarem a segunda dose da Coronavac. No caso da vacina de Oxford, 28 fias depois da primeira dose já tem uma proteção importante”, disse Soranz.
