Vacina australiana contra Covid interrompe testes após falsos positivos para HIV
A inoculação, que ainda não havia progredido além dos testes da Fase 1, estava sendo desenvolvida em conjunto pela Universidade de Queensland e a empresa CSL


Uma candidata a vacina contra o coronavírus produzida na Austrália foi descartada depois que os participantes do teste apresentaram resultados falsos positivos para o HIV, segundo anunciaram os desenvolvedores na sexta-feira (11).
A inoculação, que ainda não havia progredido além dos testes da Fase 1, estava sendo desenvolvida em conjunto pela Universidade de Queensland e a empresa australiana de biotecnologia CSL.
A Austrália esperava que a vacina estivesse disponível em meados de 2021.
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Em um comunicado, a CSL disse que nenhum efeito colateral sério foi relatado nos 216 participantes do ensaio, e que a vacina mostrou ter um “forte perfil de segurança”. No entanto, os dados do ensaio revelaram que os anticorpos gerados pela vacina interferiram no diagnóstico de HIV e levaram a falsos positivos em alguns testes de HIV.
Segundo a CSL, se a vacina fosse lançada nacionalmente, poderia prejudicar a saúde pública na Austrália, causando uma onda de testes de HIV falso-positivos na comunidade.
“Testes de acompanhamento confirmaram que não há vírus HIV presente, apenas um falso positivo em alguns testes de HIV. Não há possibilidade de a vacina causar infecção”, acrescentou o comunicado.
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O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse a repórteres na sexta-feira que a vacina “não fará mais parte do plano de vacinação do país”. A Austrália encomendou preventivamente 51 milhões de doses da vacina da CSL em outubro.
Morrison disse que o país apoiou quatro vacinas que se mostraram promissoras, mas “em nenhum momento acreditou que todas as quatro vacinas provavelmente passariam por esse processo”.
(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).