Vacina garante ‘alguma proteção’ contra casos de H3N2, diz especialista
Sintomas da nova variante da gripe são semelhantes aos registrados nos casos de contaminação pelo coronavírus
Além do coronavírus, outra doença de vírus respiratório que está assustando os brasileiros é a variante da gripe H3N2. Entretanto, ainda há esperanças em meio às incertezas. Segundo o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Daniel Villela, as atuais vacinas aplicadas na população garantem “alguma proteção” contra a nova gripe.
“O imunizante garante alguma proteção porque os vírus são muito parecidos. A vacina normalmente é preparada para proteger contra a H1NI, H3N2 e o influenza B”, declarou Villela. “Mas, além disso, a população também deve procurar se proteger com as mesmas ações feitas contra o coronavírus”. Ambas as doenças são conhecidas por terem sintomas parecidos.
Segundo o pesquisador, a única saída para diferenciar com precisão o H3N2 da Covid-19 é a realização de um teste hospitalar.
“E a pessoa que estiver um quadro grave deve procurar um médico para saber se deve tomar a vacina”, afirmou Villela. “Caso seja um quadro leve, é apenas uma questão de se proteger com o intuito de se cuidar e também não disseminar a H3N2, já que demora um tempo para que se crie anticorpos”.
Ao todo, 12 estados mais o Distrito Federal confirmaram casos da variante H3N2. “E, para reduzir a disseminação da gripe, os municípios que não tiveram casos devem prestar atenção, estarem preparados com leitos em hospitais para conseguir atender o público e que a vigilância atue para determinar quais são os vírus que estão circulando nos locais, ou seja, ter ações preventivas antes de ter ocupação máxima dos leitos”.
Um dos principais motivos para a disseminação da variante, segundo o especialista, é que “no ano passado teve uma preocupação muito forte com a Covid-19, reduzindo a atenção contra outras doenças, como a influenza, por exemplo. Assim, como teve uma baixa adesão, as pessoas ficaram mais vulneráveis”.
“Por isso, o mais importante é se vacinar”, finaliza Villela.