Cientistas descobrem nova espécie de dinossauro anão no interior de SP
Pesquisadores estimam o tamanho do animal entre 5 e 6 metros de comprimento
Os dinossauros saurópodes, herbívoros conhecidos como “pescoçudos”, estão entre os maiores animais que já habitaram a Terra. Algumas espécies podiam atingir mais de 30 metros de comprimento, mas outras foram identificadas por cientistas como dinossauros anões. É o caso do Ibirania parva, uma nova espécie de saurópode do grupo dos titanossauros que está entre as menores já conhecidas e foi encontrada em Ibirá, no interior de São Paulo. A descoberta foi publicada nesta quinta-feira, no periódico científico Ameghiniana.
Os vestígios do saurópode foram achados na Formação São José do Rio Preto, Noroeste paulista, conhecida por abrigar fósseis de diferentes espécies. A equipe envolvida no estudo contou com pesquisadores de universidades nacionais e internacionais. Comparando fósseis do Ibirania parva com os de seus “parentes” mais próximos, eles descobriram que o nanico tinha características únicas, principalmente no que diz respeito à estrutura das vértebras, o que indicava que poderia pertencer a uma espécie ainda não nomeada.
A nomenclatura escolhida é a junção de Ibirá com “ania”, que significa peregrino na língua grega, e “parva”, palavra em latim para “pequeno”. Considerando que Ibirá vem de “ybyrá”, a palavra tupi para “árvore”, o nome da nova espécie pode ser traduzido como “o pequeno peregrino das árvores”. A partir do material encontrado, foi possível estimar o tamanho do animal, que media entre 5 e 6 metros de comprimento.
Como entre os titanossauros existem muitas espécies de grande porte, os pesquisadores buscaram identificar se ele teria sido um dinossauro jovem ou se o seu tamanho diminuto era uma característica da espécie. A análise de amostras de tecido fossilizado revelou que, no momento de sua morte, o animal já era adulto e havia atingido seu tamanho final.
O resultado confirmou que se trata de um titanossauro anão, a primeira espécie anã documentada no continente americano, que viveu no fim do Período Cretáceo, há cerca de 80 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, o Ibirania parva acrescenta novas informações sobre a evolução e a ocorrência de nanismo em dinossauros.
“O nanismo observado está associado à evolução de uma fauna endêmica em resposta à condições ambientais da Formação São José do Rio Preto, caracterizada por períodos prolongados de seca”, diz o estudo.
Geografia
Esse fenômeno significaria que, apesar de a maioria dos dinossauros anões ter sido encontrada em locais que correspondiam a ilhas pré-históricas, a existência do “pequeno andarilho das árvores” indica que a tendência ao nanismo pode ocorrer fora de regiões insulares, impulsionado por características ecológicas e geográficas do ambiente.
Conheça o Museu dos Dinossauros de Peirópolis, em Minas Gerais
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O Museu dos Dinossauros está localizado em Peirópolis, distrito rural de Uberaba, em Minas Gerais • Elioenai Amuy/UFTM
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O Museu dos Dinossauros é uma iniciativa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro • Elioenai Amuy/UFTM
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A região de Peirópolis é considerada um dos principais sítios arqueológicos do Brasil • Elioenai Amuy/UFTM
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O local fica próximo à região do morro da Serra do Veadinho, em Minas Gerais • Elioenai Amuy/UFTM
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A região de Peirópolis é bastante conhecida pelos achados de vários fósseis de vertebrados em bom estado de conservação • Elioenai Amuy/UFTM
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Pesquisadores e paleontologistas atuam na identificação de espécies de dinossauros • Elioenai Amuy/UFTM
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O Museu dos Dinossauros conta com exposições que contemplam acervos didáticos de paleontologia • Luis Adolfo/UFTM
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Os visitantes realizam uma viagem no tempo com a observação de fósseis e réplicas dos dinossauros • Luis Adolfo/UFTM
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O horário de funcionamento do Museu dos Dinossauros é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h • Luis Adolfo/UFTM
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A entrada no museu é gratuita e não há necessidade de agendamento prévio • Luis Adolfo/UFTM
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.