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    Desenvolvedoras de games ucranianas e polonesas pedem apoio à Ucrânia

    Desenvolvedoras condenaram ataques russos e ofereceram apoio a ucranianos

    Ingrid Oliveirada CNN

    Alguns estúdios de jogos com sede na Ucrânia estão se posicionando sobre a invasão do país pela Rússia na quinta-feira (24).

    A desenvolvedora GSC Game World, responsável franquia “Stalker”, que tem sede na capital da Ucrânia, Kiev, disse no Twitter que o país acordou com os sons de explosões e tiros de armas, “mas está pronto para defender sua liberdade e independência, pois continua forte e pronto para qualquer coisa”.

    “O futuro é desconhecido, mas esperamos o melhor, estamos sempre seguros de nossas forças armadas e de nossa crença na Ucrânia”, afirmaram.

    A GSC não está sozinha.

    A Frogwares, com sedes na Irlanda e Ucrânia, responsável pelas franquias “The Sinking City” e  “Sherlock Holmes”; a Tallboys (de  “Pandemia Express” e  “Where the Clouds End”); a Sengi Games e a Vostok Games também se manifestaram no Twitter pedindo a independência contínua da Ucrânia, o fim do ataque ao país e condenando as guerras.

    A organização ucraniana de eSports Natus Vincere (NAVI) também se manifestou. “É impossível, durante esta guerra, fingirmos que está tudo OK. Não está. Estamos devastados. Nosso principal objetivo agora é permanecermos calmos e cuidarmos de nós, de quem amamos e de quem precisa de ajuda”, declaram.

    Estúdios poloneses também apoiaram a Ucrânia

    Algumas empresas de países vizinhos também manifestaram solidariedade. A polonesa Draw Distance, responsável poro “Serial Cleaner” “Vampire: the Masquerade”, também expressou publicamente apoio à Ucrânia. “Os ucranianos são nossos vizinhos, colegas e funcionários. A segurança deles e de suas famílias é de grande importância para nós. Condenamos sinceramente o ataque russo à Ucrânia.”

    A 11 Bit Studios, também polonesa, responsável por  “This War of Mine” (que trata justamente sobre a sobrevivência de civis em guerras), emitiu uma declaração contra a guerra e anunciou que doaria todos os lucros do jogo e seus DLCs para a Cruz Vermelha Ucraniana para apoiar as vítimas.

    Com sede na Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, a CD Projekt Red, responsável pela famosa saga “The Witcher” e “Cyberpunk 2077”  disse estar “chocada e indignada” com a guerra e doou 1 milhão de złoty poloneses (cerca de R$ 1.252.932,30 na cotação atual) para a PAH, uma instituição de caridade humanitária polonesa que atua na Ucrânia.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas antes, o presidente russo, Vladimir Putin, havia uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    Veja abaixo a linha do tempo do conflito:

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