O que Putin quer com a Ucrânia? Veja a explicação do conflito
Após acumular tropas e artilharia ao redor da fronteira do país vizinho, líder russo autorizou "operação militar especial"
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Invasão começou na quinta-feira, 24 de fevereiro, com bombardeios em diversas cidades da Ucrânia. Na imagem, uma explosão ocorre na capital Kiev • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24) • Ministério do Interior da Ucrânia
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Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em Kiev • Reuters
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Engarrafamento registrado em Kiev, capital da Ucrânia • Reprodução/Reuters
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou cidadãos para luta armada e pede doações de sangue no dia da invasão • CNN / Reprodução
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Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia • 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
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Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da Ucrânia • 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
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Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, durante o dia 24 de fevereiro • Reuters
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Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no país • CNN / Reprodução
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Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao país • Getty Images
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Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022 • Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Pierre Crom/Getty Images
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Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022 • Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
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Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na Ucrânia • Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
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Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia,o após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra Mundial • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022 • Yui Mok/PA Images via Getty Images
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Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022 • Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Conflito criou uma onda de refugiados que busca abrigo em países vizinhos, como a Polônia, a Hungria e a Romênia • Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
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Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no país • NurPhoto via Getty Images
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Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na Rússia • CNN
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Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianos • Future Publishing via Getty Images
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Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Future Publishing via Getty Images
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Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNN • CNN
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
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Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Chris McGrath/Getty Images
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Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais. • dpa/picture alliance via Getty Images
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Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022
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Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilharia • 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
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Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela Rússia • 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
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Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de Rostov • 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
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Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da Ucrânia • Justin Yau/Sipa USA via Reuters - 24.fev.22
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Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev • 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022 • FSB/TASS via Getty Images
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Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev • Getty Images
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Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev • Getty Images
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Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev • Getty Images
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Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia. • Anadolu Agency via Getty Images
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Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia. • Russian Defence Ministry/TASS
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. • Presidência da Ucrânia
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Moradores do Dnipro se reúnem no Rocket Park para preparar coquetéis molotov no 4º dia desde o início dos ataques russos em larga escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia. • Future Publishing via Getty Imag
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Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia • Future Publishing via Getty Imag
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As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Reunião entre Rússia e Ucrânia por cessar-fogo é encerrada sem acordo • Anadolu Agency via Getty Images
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Conversas entre Ucrânia e Rússia em Belarus • Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Uma mulher passa por um prédio danificado em uma rua após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas fazem longas filas nos supermercados após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeito. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Os militares ucranianos retiram a ajuda coletada da população para trazê-la à frente no 5º dia desde o início dos ataques russos em grande escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia • Europa Press via Getty Images
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Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia • Europa Press via Getty Images
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Ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Consequências das hostilidades do exército russo em Bucha, região de Kiev, norte da Ucrânia • Vasyl Molchan/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
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Soldados são vistos atrás de pilhas de areia usadas para bloquear uma estrada na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos em 01 de março de 2022 • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022 • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022, o 7º dia de bombardeios • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis tentam seguir para o oeste a partir de Kiev em estações de trem, em 2 de março de 2022, em meio à invasão russa • Anadolu Agency via Getty Images
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Interior de café destruído após bombardeio de forças russas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 março de 2022 • SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images
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Assentamentos civis destruídos após ataques da Rússia em Kharkiv, no dia 3 de março de 2022 • tate Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
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Bairros civis foram atacados em Kharkiv, no 8º dia de conflito na Ucrânia a partir de ataques russos, 3 de março de 2022 • State Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para prender veículos blindados em uma tentativa de defender a cidade de ataques russos, em Lviv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 • Abdullah Tevge/Anadolu Agency via Getty Images
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Criança dorme em abrigo temporário no Centro Metodológico de Budapeste (BMSZKI), Hungria, enquanto fogem da Ucrânia, em 3 de março de 2022 • Janos Kummer/Getty Images
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Fumaça sobe em assentamentos civis destruídos após ataques russos em Chernihiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 • State Emergency Service of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Barricadas são estruturadas em frente ao Monumento da Independência e soldados patrulham a região, enquanto sirenes são ouvidas em meio aos ataques da Rússia na capital ucraniana, Kiev, em 3 de março de 2022, o 8º dia de conflitos na região • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Prédio destruído por disparos de artilharia em Irpin, na região de Kiev, na Ucrânia • ]02/03/2022 REUTERS/Serhii Nuzhnenko
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Bombeiros extinguem incêndio em prédio após ataque russo em Chernihiv, na Ucrânia • 03/03/2022 Serviços de Emergência da Ucrânia via REUTERS
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Prefeito da cidade ucraniana de Energodar, Dmytro Orlov, afirmou que um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia • Reprodução
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Prédio administrativo danificado no complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia. na Ucrânia • 04/03/2022 Serviço de Imprensa da Companhia Nacional de Geração de Energia Nuclear Energoatom/Divulgação via REUTERS
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Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia • Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
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Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia • Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
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Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia • NurPhoto via Getty Images
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Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no local • Foto: MFA Ucrânia / Twitter
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Mulher ucraniana se emociona ao fugir de Kiev; muitas pessoas se dirigiram para cidades no oeste do país ou para a Polônia em busca de segurança • Reprodução/CNN Brasil (9.mar.2022)
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Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, está sob ataques desde início da invasão • NurPhoto via Getty Images
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Membro de equipe de resgate faz buscas perto de prédio danificado por disparos de artilharia na região ucraniana de Mykolaiv • 08/03/2022 Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Mulheres de Moldova recebem refugiadas ucranianas • Divulgação
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Pessoas esperam na estação ferroviária da cidade ucraniana ocidental de Lviv para embarcar em um trem para deixar o país em 7 de março de 2022, enquanto os ataques russos continuam • Anadolu Agency via Getty Images
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Membro da Força de Defesa Territorial Ucraniana faz guarda no centro de Odessa • 08/03/2022 REUTERS/Iryna Nazarchuk
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Residentes e militares ajudam civis a fugir do fronte de gurra na cidade de Irpin. perto de Kiev, na Ucrânia, em 10 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Civis tentam fugir de Irpin, cidade próxima à capital ucraniana Kiev, em 10 de maço de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado americano em um Stryker participa de exercício militar conjunto entre Romênia e EUA, em uma base militar em Smrdan, Romênia • Getty Images
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Tendas são montadas para dar informação e comida para refugiados vindos da Ucrânia em Colônia, cidade da Alemanha, em 10 de março de 2022 • NurPhoto via Getty Images
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Um banner, com um slogan abordando o exército russo, é preso em um checkpoint reforçado com blocos e sacos de areia em Odessa, cidade na Ucrânia • Future Publishing via Getty Imag
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Refugiados saídos da Ucrânia chegam a Portugal, em 10 de março de 2022 • Corbis via Getty Images
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Moradores de um prédio residencial em Kiev após ter sido atingido por ataque aéreo da Rússia em 15 de março de 2022 • Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images
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Bombeiros combatem incêndio em um prédio residencial danificado por um ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 • Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
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Destroços de uma escola após um ataque aéreo da Rússia no vilarejo Zelenyi Hai, na Ucrânia, em 15 de março de 2022. Três civis foram resgatados e sete pessoas morreram, de acordo com o Serviço de Emergência Estatal • State Emergency Service of Ukraine / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Prédio residencial danificado após ter sido atingido por ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 • Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham para apagar incêndio em um prédio residencial atingido por ataque da Rússia durante a manhã do dia 15 de março de 2022, no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio atingido por bombardeio russo no dia 15 de março de 2022, na região de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022 • Omar Marques/Getty Images
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Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia • Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
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Senhora é resgatada de prédio atingido por ataque russo em Kiev, capital ucraniana, no dia 15 de março • Chris McGrath/Getty Images
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Criança retirada de região de Mariupol aguarda em abrigo na província de Donetsk, no leste da Ucrânia • Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images
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Homem busca por pertences em meio aos escombros de um prédio residencial atacado por míssil na região de Kiev • Madeleine Kelly/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Helicópteros russos destruídos por forças ucranianas no aeroporto de Kherson, em 15 de março de 2022 • Planet Labs
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Ataque ucraniano destruiu pelo menos três helicópteros russos • Planet Labs
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Fumaça vinda do aeroporto de Kherson é registrada por drone • Reprodução/Telegram
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Civis que deixaram Mariupol chegam a abrigo em Zaporizhzhia • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas que cruzaram a fronteira da Ucrânia, adentrando Medyka, na Polônia, esperam para embarcar em ônibus, em 16 de março de 2022 • Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Teatro atingido pelo o que ucranianos acusam de ser mísseis russos • Divulgação/Telegram
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Casas são vistas queimando em Chernihiv, na Ucrânia • Maxar Technologies
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Estádio de Chernihiv sofreu danos significativos após ataque russo • Maxar Technologies
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Objetos danificados são vistos em prédio destruído em uma vila em Kamiyanske, a cerca de 30 quilômetros de Zaporizhzhia, uma das áreas mais bombardeadas da região, em 22 de março de 2022 • Andrea Carrubba/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoa caminha em frente a um prédio destruído enquanto civis são evacuados através de corredores humanitários da cidade ucraniana de Mauriupol, que está sob o controle do exército russo e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher passa por prédio destruído em Mariupol, cidade tomada pela Rússia, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros combatem incêndio após ataques russos em áreas civis em Kiev, capital da Ucrânia, em 23 de março de 2022 • Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
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Fumaça sobe após incêndio ser extinto em área civil de Kiev, devido a ataques do exército russo, em 23 de março de 2022 • Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher carrega bebê enquanto espera o trem para a Polônia em Lviv, na Ucrânia. Muitos fogem das cidades desde o início da invasão russa • Joe Raedle/Getty Images
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país nas primeiras horas de quinta-feira (24). A ação russa ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, onde acumulou dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa poderia ser iminente.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, nesta segunda-feira (21), a indepedência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.
Poucos dias depois, na quinta-feira (24), o líder russo autorizou uma “operação militar especial” em Donbas, região separatista no leste da Ucrânia. Em discurso na TV estatal, Putin disse “os confrontos entre forças ucranianas e russas é inevitável”.
Tropas russas ampliaram sua presença em todo o território ucraniano e há relatos de explosões em todo país. Segundo o ministro ucraninano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, “Putin ordenou uma invasão em larga escala da Ucrânia”. O presidente Volodymyr Zelensky impõs a lei marcial no país e pediu calma à população.
Moscou negava repetidamente que estivesse planejando um ataque, insistindo que o apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) à Ucrânia constitui uma ameaça crescente no flanco ocidental da Rússia. Uma escalada de bombardeios no leste da Ucrânia e uma explosão de veículos no Donbas, controlado pelos separatistas, aumentou os temores de que Moscou possa estar alimentando a violência para justificar uma invasão.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
Então, como nós chegamos aqui? A imagem no terreno está mudando rapidamente, mas aqui está um resumo do que aconteceu até agora.
Putin reconhece indepedência de duas áreas separatistas ucranianas
Vladimir Putin reconheceu a indepedência de duas áreas separatistas da Ucrânia: a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk.
O presidente russo solicitou à Assembleia Federal que apoie a decisão e, que em seguida, ratifique os tratados de amizade e assistência mútua com ambas as repúblicas.
Antes de assinar o acordo, Putin reafirmou que a situação é complicada no leste ucraniano e que o país faz parte da história da Rússia.
“É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Começaram a copiar modelos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura”, disse Putin. “Vamos começar com o fato de que a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pelos bolcheviques, a Rússia comunista. Esse processo começou quase imediatamente após a revolução de 1917”, completou.
Para o líder russo, o país do Leste Europeu é uma “marionete dos EUA” e que, junto à Otan, transformaram a Ucrânia em um teatro de guerra.
Como ficou a situação na fronteira?
Mais de 150 mil soldados russos cercaram a Ucrânia como uma ferradura em três lados, de acordo com estimativas de oficiais de inteligência dos EUA e da Ucrânia. A Casa Branca alertou repetidamente que o presidente russo, Vladimir Putin, poderia lançar uma invasão em larga escala da Ucrânia a qualquer momento.
Em 15 de fevereiro, Putin afirmou que estava retornando algumas tropas de volta à base depois de completar os exercícios e estava aberto a uma rota diplomática para sair do impasse.
Mas a alegação foi recebida com ceticismo por autoridades ocidentais, seguida de frustração quando os EUA alegaram que, em vez de atrair forças, a Rússia estava mobilizando silenciosamente vários milhares de outros. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, alertou que os EUA não viram nenhum sinal imediato de uma retração militar russa, observando: “infelizmente, há uma diferença entre o que a Rússia diz e o que faz”.
A Otan aumentou a prontidão de sua força de resposta rápida, enquanto os países membros colocam tropas de prontidão e enviam batalhões, aviões e navios para a região. Os EUA ordenaram que 3 mil soldados adicionais fossem enviados para a Polônia, elevando o número total de reforços enviados para a Europa nas últimas semanas para cerca de 5 mil. Os EUA dizem que não têm intenção de enviar tropas para a Ucrânia, que não é membro da Otan.
Biden e líderes europeus alertaram que a Rússia sofreria sérias consequências, incluindo sanções, caso Putin avance com uma invasão. Mas isso não impediu a Rússia de continuar reforçando suas posições militares. No final de 2021 e início de 2022, imagens de satélite revelaram novos desdobramentos russos de tropas, tanques, artilharia e outros equipamentos surgindo em vários locais, incluindo próximo ao leste da Ucrânia, Crimeia e Belarus, onde suas forças estavam participando de exercícios conjuntos com o aliado internacional mais próximo de Moscou.
Apesar de receber financiamento, treinamento e equipamentos dos EUA e de outros países membros da Otan, especialistas dizem que a Ucrânia seria significativamente superada pelas forças armadas da Rússia, que foram modernizadas sob a liderança de Putin. Se uma guerra total eclodir entre os dois países, dezenas de milhares de civis podem morrer e até 5 milhões de pessoas podem se tornar refugiados, segundo algumas estimativas.
O que preparou o cenário para o conflito?
A Ucrânia era uma pedra angular da União Soviética até que votou esmagadoramente pela independência em 1991, um marco que acabou sendo uma sentença de morte para a superpotência em queda.
Após o colapso da União Soviética, a Otan avançou para o leste, trazendo para o rebanho a maioria das nações do Leste Europeu que estavam na órbita comunista. Em 2004, a Otan adicionou as ex-repúblicas soviéticas no Mar Báltico Estônia, Letônia e Lituânia. Quatro anos depois, declarou sua intenção de oferecer a adesão à Ucrânia algum dia em um futuro distante – cruzando uma linha vermelha para a Rússia.
Putin indicou que vê a expansão da Otan como uma ameaça existencial, e a perspectiva de a Ucrânia se juntar à aliança militar ocidental um “ato hostil”. Em entrevistas e discursos, ele enfatizou sua visão de que a Ucrânia faz parte da Rússia, cultural, linguística e politicamente. Enquanto parte da população de língua russa no leste da Ucrânia sente o mesmo, uma população de língua ucraniana mais nacionalista no oeste tem historicamente apoiado uma maior integração com a Europa. Em um artigo escrito em julho de 2021, Putin sublinhou sua história compartilhada, descrevendo russos e ucranianos como “um só povo”.
Os ucranianos, que nas últimas três décadas procuraram alinhar-se mais de perto com as instituições ocidentais, como a União Europeia e a Otan, se opuseram a essa ideia. No início de 2014, protestos em massa na capital Kiev, conhecida como Euromaidan, forçaram a saída de um presidente amigo da Rússia depois que ele se recusou a assinar um acordo de associação da União Europeia.
A Rússia respondeu anexando a península ucraniana da Crimeia e fomentando uma rebelião separatista no leste da Ucrânia, que assumiu o controle de parte da região de Donbas. Apesar de um acordo de cessar-fogo em 2015, os dois lados não viram uma paz estável, e a linha de frente mal se moveu desde então. Quase 14 mil pessoas morreram no conflito e há 1,5 milhão de pessoas deslocadas internamente na Ucrânia, segundo o governo ucraniano.
O que Putin quer?
Putin conseguiu aumentar a pressão sobre o Ocidente por meses sem nunca disparar um tiro ou atravessar um tanque através de sua fronteira com a Ucrânia.
Moscou foi acusada de se envolver em guerra híbrida contra a Ucrânia, usando ataques cibernéticos, pressão econômica e propaganda para aumentar as tensões. O Departamento de Estado afirmou no início de fevereiro que a Rússia estava preparada para fabricar “um pretexto para uma invasão” por meio de um vídeo de desinformação.
Ainda assim, as intenções do Kremlin no país permaneceram em grande parte um mistério. O que Putin deixou claro, porém, é que ele vê a expansão da Otan para o leste como uma ameaça existencial para a Rússia.
Em dezembro, Putin apresentou aos EUA e à Otan uma lista de exigências de segurança. A principal delas é a garantia de que a Ucrânia nunca entrará na Otan e que a aliança reduza sua presença militar na Europa Oriental e Central – propostas que os EUA e seus aliados disseram repetidamente não serem iniciais.
Putin indicou que não estava interessado em longas negociações sobre o assunto. “São vocês quem devem nos dar garantias, e vocês devem fazer isso imediatamente, agora”, disse ele em sua entrevista coletiva anual no final do ano passado. “Estamos implantando mísseis perto da fronteira com os EUA? Não, não estamos. São os Estados Unidos que chegaram à nossa casa com seus mísseis e já estão à nossa porta”.
As negociações de alto nível entre o Ocidente e a Rússia terminaram em janeiro sem nenhum avanço. O impasse deixou os líderes europeus envolvidos em um frenesi de diplomacia, explorando se um canal de negociação estabelecido entre França, Alemanha, Rússia e Ucrânia para resolver o conflito no leste da Ucrânia – conhecido como as negociações do Formato da Normandia – poderia fornecer um caminho para acalmar a crise atual.
Em uma entrevista coletiva com o novo chanceler alemão Olaf Scholz em 16 de fevereiro, Putin repetiu alegações infundadas de que a Ucrânia está realizando um “genocídio” de pessoas que falam russo na região de Donbas e pediu que o conflito seja resolvido através do progresso da paz em Minsk. ecoando uma retórica semelhante que foi usada como pretexto para anexar a Crimeia.
Moscou e Kiev continuam em desacordo sobre os principais elementos do acordo de paz assinado em 2015. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou recentemente que não gosta de nenhum ponto dos acordos de Minsk, que exigem diálogo sobre eleições locais em duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia em leste do país e – embora não esteja claro em que sequência – também restauraria o controle do governo ucraniano sobre suas fronteiras orientais. Críticos dizem que o acordo pode dar a Moscou uma influência indevida sobre a política ucraniana.
Putin respondeu em termos contundentes, dizendo que, independentemente de Zelensky gostar do plano, ele deve ser implementado. “Goste ou não goste, é seu dever”, disse Putin em entrevista coletiva ao lado do presidente francês Emmanuel Macron. Zelensky, um ex-comediante e estrela de TV, venceu as eleições de 2019 com uma vitória esmagadora nas promessas de acabar com a guerra em Donbas, mas pouco mudou. Respondendo a uma pergunta sobre a linguagem dura e pouco diplomática de Putin, Zelensky respondeu em russo, dizendo sem rodeios: “Nós não somos dele”.
Qual é a opinião da Ucrânia?
O presidente Zelensky subestimou repetidamente o perigo de uma invasão russa, observando que a ameaça existe há anos e não se tornou maior nos últimos meses. É um clima semelhante em Kiev, onde os ucranianos continuaram realizando seus negócios diários, apesar das advertências internacionais e de governos estrangeiros retirarem seus funcionários diplomáticos da capital.
O governo da Ucrânia insistiu que Moscou não pode impedir Kiev de construir laços mais estreitos com a Otan, ou interferir em sua política interna ou externa. “A Rússia não pode impedir a Ucrânia de se aproximar da Otan e não tem o direito de opinar em discussões relevantes”, disse o Ministério das Relações Exteriores em nota à CNN.
As tensões entre os dois países foram exacerbadas pelo aprofundamento da crise energética ucraniana que Kiev acredita que Moscou tenha provocado de forma proposital. A Ucrânia vê o controverso oleoduto Nord Stream 2 – que conecta o fornecimento de gás russo diretamente à Alemanha – como uma ameaça à sua própria segurança.
O Nord Stream 2 é um dos dois oleodutos que a Rússia colocou no leito d’água no Mar Báltico, além de sua tradicional rede de oleodutos terrestres que atravessa a Europa Oriental, incluindo a Ucrânia. Kiev vê os oleodutos na Ucrânia como um elemento de proteção contra uma invasão da Rússia, já que qualquer ação militar poderia interromper o fluxo vital de gás para a Europa.
É apenas um dos inúmeros desafios que o governo de Zelensky enfrenta. O ex-ator, que interpretou um presidente na televisão ucraniana, teve um brutal batismo de fogo na política do mundo real desde que assumiu o cargo em 2019.
A popularidade de seu governo estagnou em meio a vários desafios políticos domésticos, incluindo uma recente terceira onda de infecções por Covid-19 e uma economia em dificuldades.
Muitos ucranianos estão insatisfeitos porque o governo não cumpriu as promessas que o levaram ao poder, incluindo reprimir a corrupção no sistema judicial do país. Mas a preocupação mais urgente é o fracasso até agora de Zelensky de trazer a paz ao leste do país.
Em meio a advertências de líderes ocidentais de uma invasão russa “a qualquer dia”, o presidente ucraniano declarou 16 de fevereiro como o Dia Nacional da Unidade, insistindo que a Ucrânia não foi intimidada por “nenhum inimigo” e seria capaz de “se defender”.
“Estamos fazendo o nosso melhor para defender nossos interesses e conquistamos o apoio diplomático de quase todos os líderes do mundo civilizado”, disse Zelensky em um discurso em vídeo, acrescentando: “A segurança da Europa e de todo o continente depende da Ucrânia e de nossos exércitos”.
(* Tiago Tortella, Matthew Chance e Laura Smith-Spark contribuíram com esta reportagem)
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Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency/Getty Images