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    Oceanos profundos podem explicar campos magnéticos diferente em Urano e Netuno

    Condições de temperatura e pressão do interior dos planetas formam uma camada espessa de carbono, nitrogênio e hidrogênio que não se mistura com a água

    Flávio Ismerimda CNN

    Um pesquisador da Universidade de Berkeley propôs um modelo que pode ajudar a explicar porque Urano e Netuno, conhecidos como gigantes de gelo, possuem campos magnéticos diferentes dos outros planetas do sistema solar.

    O artigo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma que há um oceano de água de 8.000 quilômetros logo após uma cama de nuvens e, abaixo dele, está um fluido comprimido de carbono, nitrogênio e hidrogênio. O modelo defende que, com as condições de temperatura e pressão do interior dos planetas, o hidrogênio presente no metano e na amônia seria liberado, o que contribuiria para o espessamento da camada de dentro que não se mistura com a água.

    É justamente o hidrogênio que, junto com o hélio, formam a cama de gás que dá forma às nuvens da atmosfera de Urano e Netuno.

    “Agora temos, eu diria, uma boa teoria de por que Urano e Netuno têm campos realmente diferentes, e é muito diferente da Terra, Júpiter e Saturno”, disse Burkhard Militzer, professor de ciências da Terra e planetárias da Universidade de Berkeley e autor do artigo.

    “Não sabíamos disso antes. É como óleo e água, exceto que o óleo vai para baixo porque o hidrogênio é perdido.”

    Pesquisa mostra que tudo o que se sabe sobre Urano pode estar errado

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