Projeto Inspire: governo pretende usar IA para otimizar serviço público

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou, em coletiva nesta terça-feira (30), o desenvolvimento de um projeto que pretende integrar o uso de inteligência artificial no serviço público: o Inspire (Inteligência Artificial no Serviço Público com Inovação, Responsabilidade e Ética).

O projeto foi encomendado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), administrado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com gestão pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e está sendo desenvolvido em parceria com o CPQD, organização privada de inovação e soluções tecnológicas.

O objetivo do Inspire é criar plataformas de inteligência artificial para otimizar o desenvolvimento de soluções e políticas públicas utilizando uma base de dados interoperáveis, viabilizando a entrega de serviços públicos personalizados para o cidadão. 

Para formar a chamada “Base de Dados do Brasil”, diversas bases de dados sociais – como CadÚnico, saúde e educação – serão catalogadas e integradas.

"A gente muda o enfoque com o Inspire. Ao invés de olhar para a saúde, olhar para a educação ou qualquer outra política pública, você olha para o cidadão no momento de vida em que ele está e o que ele precisa", disse Rogério Mascarenhas, secretário do Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, nesta terça.

Passa a ser possível, por exemplo, que um agente de saúde possa acompanhar quais crianças em sua área de atuação estão com vacinas atrasadas ou fora da creche. Além da possibilidade de mandar orientações personalizadas para os responsáveis destas crianças sobre como acessar os serviços a que seus filhos têm direito.

Ao todo, o investimento previsto para os próximos quatro anos neste projeto é de R$ 390 milhões.

Segundo Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Inspire passa a ser a materialização de um Estado digital e inteligente a serviço do povo. "Queremos transformar a forma como o setor público utiliza dados e Inteligência Artificial, garantindo que os serviços oferecidos aos cidadãos sejam mais simples, ágeis, personalizados e confiáveis, tudo isso ancorado nos seguintes pilares: segurança, privacidade e soberania digital", disse ela.