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    Satélites investigam coroa do Sol em busca de pistas sobre riscos para Terra

    Agência Espacial Europeia lançou missão de ponta nesta quinta-feira (5) para estudar o astro

    Nivedita Bhattacharjeeda Reuters , em Bengaluru, na Índia

    A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) lançou nesta quinta-feira (5) a Proba-3, uma missão de ponta para observação solar, a bordo do principal foguete da Organização de Pesquisa Espacial da Índia.

    O lançamento do Satish Dhawan Space Centre, originalmente agendado para quarta-feira (4), foi adiado devido a um problema técnico. A missão tem como objetivo avançar os esforços globais para entender os riscos econômicos e tecnológicos do clima espacial.

    O Proba-3, um sistema de dois satélites desenvolvido ao longo de mais de uma década, foi projetado para durar dois anos.

    Ele decolou a bordo do foguete PSLV-XL da ISRO às 7h34 (horário de Brasília). Por volta das 7:58, o diretor da missão PSLV, M. Jayakumar, anunciou que o satélite havia sido injetado em órbita.

    Para a ESA, o Proba-3 fortalece suas capacidades de pesquisa solar, juntando-se ao seu Solar Orbiter no estudo da complexa dinâmica do Sol.

    O lançamento desta quinta também se baseia nas realizações recentes da ISRO, incluindo o pouso lunar Chandrayaan-3 e seu próprio observatório solar Aditya-L1 para estudo do sol .

    “A coroa do sol tem sido muito mal investigada. Uma das coisas que realmente queremos entender é como as ejeções de massa coronal ou o vento solar se originam nesta área”, disse a engenheira de sistemas Proba-3, Esther Bastida Pertegaz, em um vídeo pré-gravado.

    A coroa [do sol] é uma região crítica para entender fenômenos solares como ejeções de massa coroal e flares. Esses eventos podem interromper severamente as comunicações, sistemas de navegação e redes de energia na Terra.

    A missão permite observações da coroa interna do Sol por até seis horas por órbita — superando em muito os momentos fugazes dos eclipses solares naturais, que ocorrem apenas cerca de 60 vezes por século.

    O projeto, que custou cerca de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 milhão), é apoiado por mais de 40 empresas europeias, incluindo Sener Aerospace, Redwire Space e Airbus Defence and Space.

    A ESA tem enfrentado contratempos e atrasos em seu programa de lançamento, com o primeiro voo comercial do lançador pesado Ariane 6 adiado para o ano que vem e o acesso aos foguetes russos Soyuz interrompido pelo colapso nas relações por causa da Ucrânia.

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