Guia Belém: 10 personalidades culturais dão dicas do que fazer na cidade

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Além de sua celebrada gastronomia, que incorpora ensinamentos da Amazônia e dos rios, Belém tem uma cena cultural e arquitetônica que tem ganhado os holofotes do Brasil e do mundo, já que a capital paraense vai sediar a COP30 no próximo mês de novembro.

Entre as aberturas mais recentes no campo artístico está o Centro Cultural Banco da Amazônia, inaugurado na quinta-feira (9) com uma exposição de Nelson Mandela, referência mundial na lutra contra o racismo.

Confira dicas de 10 personalidades culturais sobre onde comer e o que fazer na capital paraense:

Amanda Kaoma

Jornalista cultural e criadora de conteúdo sobre Belém, Amanda Kaoma indica onde tomar um bom drinque, ter dates e conhecer gente nova na capital:

Para conhecer gente: Boulevard da Gastronomia, que tem recebido diferentes rolês quase todos os dias, com DJs tocando brega, reggae e muito samba. As programações são gratuitas.
Boulevard da Gastronomia: Blvd. Castilhos França - Campina / Horário de funcionamento: todos os dias, 24 horas.
Um lugar para date: Di Mare, uma pizzaria e trattoria com ambiente acolhedor e trilha sonora no volume certo para não atrapalhar o flerte.
Di Mare: Travessa Dom Romualdo de Seixas, 1653 - Umarizal / Horário de funcionamento: todos os dias, das 11h30 às 14h30 e das 18h às 23h.
Para garimpar objetos e peças bacanas: Brechó Stylus, de frente ao Ver-o-Peso, com achados que vão desde peças casuais até mais extravagantes.
Brechó Eco Stylus: Av. Boulevard Castilhos França - 290 e 284; ou Tv. Padre Eutiquio - 284B / Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 8h às 18h.
Para tomar um bom drinque: O Muamba Bar. Cada drinque é uma explosão de sabores com ingredientes amazônicos.
Muamba Bar: Vila Container - Loja 8 - Nazaré / Horário de funcionamento: quarta a domingo, das 18h à 0h.

Arícia Soares e Sálua Quemel

As criadoras de conteúdo por trás do perfil Nós Duas Por Belém indicam cafés para trabalhar, onde comer doces e até lugar para um date:

Um café para trabalhar: Pissolati, que tem cardápio diversificado, salas reservadas e acesso à internet.
Pissolati: Travessa Rui Barbosa, 1835 - Reduto / Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 22h.
Uma pausa para um doce: Doceria Nega Maluca (Rua Domingos Marreiros, 325) e, se for delivery, a Cookie House Belém, que chegam quentinhos.
Um lugar para date: O Centro Cultural Bienal das Amazônias conta com quatro andares e vários ambientes para curtir um bom papo. Depois, jantar no restaurante Celeste.
Celeste: Rua Sen. Manoel Barata, 400 / Horário de funcionamento: quarta e quinta, das 9h às 17h; sexta e sábado, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 15h.
Um programa de domingo: Tomar um de rio na Ilha do Combú e aproveitar o pôr do sol no restaurante Na Maré, com pratos típicos, programação musical e uma vista maravilhosa.

Drika Chagas

Artista e pesquisadora de arte urbana, Drika Chagas indica museus, lojas de artesanatos e festas em Belém.

Passeio cultural fora do óbvio: MAUB (Museu de Arte Urbana de Belém), com murais monumentais de artistas nacionais e uma das maiores galerias a céu aberto da América Latina.
MAUB: Av. Gov Magalhães Barata, 376 - São Braz / Horário de funcionamento: todos os dias, 24 horas.
Comprar peças de artesanato local: Ygarapé (Av. Nª Sra. de Nazaré, 532), loja de artesanato que expressa a cultura amazônica com produtos únicos; a Cerâmica Família Sant’ana (Tv. da Soledade, 686), empreendimento familiar que trabalha com cerâmica artesanal há mais de 50 anos; e a Loja do Curro Velho, na Fundação Curro Velho (Rua Prof. Nelson Ribeiro, 287), com peças dos próprios alunos, com design mais experimental.
Galeria de arte imperdível: Kamara Kó (Travessa Frutuoso Guimarães, 611), em um casarão antigo no centro. Vale também conferir a tríade da Fundação Cultural (Av. Gentil Bittencourt, 650), que abrange as galerias Benedito Nunes, Rui Meira (Casa das Artes) e Theodoro Braga.
Movimento artístico e cultural para ficar de olho: O NoiteSuja, coletivo LGBTQIA+ que produz festas criativas, e o Arrastão do Pavulagem, em que o grupo Arraial do Pavulagem arrasta multidões com cortejos nos meses de junho e outubro.

Felipe Marujos e Suany Rodrigues

Felipe e Suany estão por trás da Escapadas de Belém • Divulgação/Escapadas de Belém

Felipe Marujos e Suany Rodrigues são os nomes por trás da agência de turismo de experiências para mulheres Escapadas de Belém. Aqui, indicam roteiros, locais com samba e ilhas para conhecer em Belém:

Roteiro cultural fora do óbvio: Mercado Ver-o-Peso para sentir a cidade; Casa da Luna (Travessa Marquês de Pombal, 44) para unir história e gastronomia na Feira do Açaí; e conhecer a produção artesanal na Ilha do Combú.
Movimento artístico e cultural para ficar de olho: para os amantes do samba, o Mercado do Jurunas (Rua Eng. Fernando Guilhon) é parada obrigatória, com batuque tomando conta do espaço todos os sábados. Outra opção é o samba da Feira do Açaí, que acontece toda primeira sexta do mês. No Combú, o carimbó ganha destaque na Casa Kayré. Entre os eventos, vale citar o Festival Psica, considerado o maior evento de música do Norte do Brasil.
Bate e volta saindo de Belém: Ilha de Cotijuba, com encontro ao Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém, que fortalece a autonomia feminina, e almoço nos restaurantes à beira da praia.
Roteiro de um dia perfeito em Belém: Comece com um café no Parque do Utinga (Av. João Paulo II), siga para o Mercado Ver-o-Peso e visite o Complexo Feliz Lusitânia. Almoce no Celeste, aproveite a tarde nas ilhas ou na Estação das Docas com um sorvete da Cairu, e termine o dia no Puba Bar (Rua Veiga Cabral, 649).

Luly Mendonça

Luly Mendonça é publicitária, criadora de conteúdo e também o nome por trás do brechó itinerente Cadê Minha Lambreta. Aqui, indica passeios, lugares para conferir um samba, pub e bairros para conhecer em Belém.

Passeio ou roteiro cultural fora do óbvio: Na segunda, tome um tacacá na travessa Vileta e vá à festa de brega no Palácio do Bares (Praca Princesa Isabel, 5). Terça, museus gratuitos; quarta, comidas típicas no Amazônia na Cuia. Quinta, cachaças no bar Meu Garoto (Rua Sen. Manoel Barata, 928) e Lambateria na Casa Apoena. Sexta, bate e volta à Ilha das Onças; sábado, peixe frito com açaí no Box da Lúcia (Blvd. Castilhos França, 234); e domingo, almoço no Quintal da Rizzo (Rua dos Mundurucus, 1595), encerrando no Boteco do Bilão (Travessa Cel. Luíz Bentes, 132).
Sexta-feira à noite com os amigos: Toda primeira sexta do mês acontece o Samba da Feira do Açaí (Rua Ladeira do Castelo, 3) com o grupo Fé no Batuque, tendo a Cidade Velha como pano de fundo.
Para conhecer gente: Black Dog English Pub, para ouvir um bom rock e tomar cerveja artesanal, e Apoena, às quartas e quintas, com ritmos pan-amazônicos;
Black Dog English Pub: Rua Bernal do Couto, 791 - Umarizal / Horário de funcionamento: segunda e terça, das 18h à 0h; quarta, das 18h à 1h; quinta, das 18h às 2h; sexta e sábado, das 18h às 4h.
Casa Apoena: Rua São Boaventura 171, Cidade Velha / Horário de funcionamento: sexta a domingo, agenda nas redes sociais.
Bairros em destaque: Campina, Reduto e Cidade Velha concentram cultura e gastronomia, inspirando o Projeto Circular, que acontece uma vez por mês. No Marambaia, a comida de rua brilha.

Michel Pinho

Historiador e professor, Michel Pinho indica museus, locais pouco frequentados e festas populares para conferir na cidade paraense.

Lugar para quem gosta de arte e história: O Museu de Arte de Belém, na sede da Prefeitura, em frente à Praça Dom Pedro II, abriga obras seminais como “A Fundação da Cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará”, de Theodoro Braga, além de objetos do período colonial e arte dos povos Tupinambá.
Museu de Arte de Belém: Praça Dom Pedro II, 2 - Cidade Velha / Horário de funcionamento: terça a sexta, das 8h30 às 14h30; domingo, das 9h às 13h.
Lugar pouco conhecido que guarda um pedaço da história de Belém: O Museu do Encontro, dentro do Forte do Presépio, essencial para compreender as raízes arqueológicas da Amazônia.
Museu do Encontro: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n / Informações no site.
Festa popular imperdível: A centenária Círio de Nazaré, que combina fé e tradições gastronômicas, como pato no tucupi e maniçoba, com cânticos, danças e cultura viva da cidade.

Trisha Guimarães

Jornalista e criadora de conteúdo no perfil A Casa Como Ela É, Trisha também é o nome por trás da loja Ciriando. Aqui, ela indica locais nos arredores de Belém, lojas de artesanato, onde tomar um bom café da manhã:

Poucas horas em Belém: Visite a Cidade Velha, repleta de história e com uma vista hipnotizante para o rio.
Para comprar peças de artesanato e design local: Mercado Ver-o-Peso, Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n), que é o antigo presídio, e o Beirando (Praça Frei Brandão, s/n), loja colaborativa na Galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra.
Um local para café da manhã: Ver-o-Pesinho Casa & Café (Travessa Benjamin Constant, 1793) e Catarina Café e Bistrô (Tra Dr. Moraes, 648).
Um programa de domingo: Caminhar ou pedalar no Parque Estadual do Utinga e esticar o dia no Na Maré (rua São Boaventura, 112), restaurante à beira do rio, com vista linda e balada após o pôr do sol.

Williston Morais

DJ, publicitário, designer e produtor LGBTQIA+, Williston indica bares, festas e espaço cultural para se divertir em Belém.

Lugar para um esquenta com os amigos: indico o Bar Teodoro e Cervejaria Flor de Lúpulo, ambos espaços antenados, com preços acessíveis e música boa.
Bar Teodoro: Avenida Generalíssimo Deodoro, 283 - Umarizal / Horário de funcionamento: quarta, das 17h à 0h; quinta, das 17h à 1h; sexta e sábado, das 17h às 2h;
Cervejaria Flor de Lúpulo: Tv. Alm. Wandenkolk, 690 - Umarizal / Horário de funcionamento: quarta, das 18h à 1h; quinta, das 18h às 2h; sexta, das 18h às 3h; sábado, das 19h às 4h; domingo, das 13h às 22h.
Para encontrar pista cheia no fim de semana: O Space Club, uma boate LGBTQIA+ que sempre tem programações alternativas.
Space Club: Av. Nª Sra. de Nazaré, 731 - Nazaré / Horário de funcionamento: confira agenda pelas redes sociais;
Um lugar para conhecer gente: A Festa Dom, que toca brasilidade e música paraense, além de selos de festas com música eletrônica e disco.
Um espaço cultural para ficar de olho: o Coletivo Cabanus, que exalta a cultura eletrônica amazônica, do tecnomelody ao funk.