Coppolla: Ideias de Trump para Gaza significam alternativa ao povo palestino
"Quem controla a Faixa de Gaza, como se sabe, é o Hamas, uma organização que defende a extinção de Israel e o extermínio em massa do povo judeu"
As ideias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, significam uma alternativa ao povo palestino, afirmou o comentarista Caio Coppolla no programa O Grande Debate desta quarta-feira (5).
“Na melhor interpretação possível, as ideias do Trump para a faixa de Gaza, significam uma alternativa ao povo palestino. Uma população que há décadas vive condenada a violência e a miséria por culpa dos seus próprios líderes fundamentalistas. Quem controla a Faixa de Gaza, como se sabe, é o Hamas, uma organização que defende a extinção de Israel e o extermínio em massa do povo judeu”, opinou.
“Aspas para o estatuto do Hamas, que foi publicado em 1988 e é vigente até a presente data: ‘Israel existirá e continuará existindo até que islã o faça desaparecer. A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los'”, prosseguiu.
Trump se encontrou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na última terça-feira (4) e expôs um plano para os EUA “assumirem” Gaza, realocarem palestinos para países vizinhos e reconstruírem o território devastado pela guerra no que ele descreveu como a “Riviera do Oriente Médio”.
Para Coppolla, “nas suas próprias palavras, o Hamas é uma organização genocida, supremacista, antissemita e fundamentalista… E claro, a solução consensual do mundo civilizado para o conflito árabe-israelense, seria sim a criação de dois Estados na região: o Estado judeu, Israel, e o Estado muçulmano, a Palestina. A comunidade internacional propôs essa solução em cinco ocasiões ao longo aí dos últimos noventa anos.”
“Em 1933, em 1947, em 1967, em 2000 e em 2008, nas cinco oportunidades em que o mundo propôs a solução de dois Estados, Israel concordou em todas elas, quem se opôs a essa solução pacífica, sempre foram os líderes palestinos. Isso porque para eles, mais importante do que ter um Estado palestino próspero, é dizimar o povo judeu e tirar Israel do mapa”, finalizou.