Caio Junqueira
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Caio Junqueira

Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

Ultrafarma: líder do governo Tarcísio adia convocação de secretário de SP

Requerimento de convocação foi apresentado pelo deputado estadual Carlos Giannazi para que Samuel Kinoshita prestasse esclarecimentos sobre operação do Ministério Público

O deputado estadual Gilmaci Santos (Republicanos), líder do governo Tarcísio de Freitas na Alesp  • 5/8/2025 - Gabriel Eid/Alesp
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O líder do governo Tarcísio de Freitas na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Gilmaci Santos (Republicanos), não convocou a sessão da Comissão de Finanças da Casa que iria analisar a convocação do secretário de Fazenda do estado, Samuel Kinoshita. Ele preside o colegiado.

O requerimento de convocação foi apresentado pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) para que Kinoshita prestasse esclarecimentos sobre a operação do Ministério Público na semana que prendeu um auditor fiscal do estado acusado de receber propina em troca da concessão de benefícios fiscais para grandes empresas, como a Ultrafarma e a Fast Shop.

“Requeiro, à Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a convocação do Sr. Samuel Kinoshita, Secretário de Estado da Fazenda, para que, perante esta Comissão Permanente, esclareça sobre as graves denuncias de favorecimento às empresas Ultrafarma e FastShop, praticadas por servidor do Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda, que teriam movimentado mais de R$ 1 bilhão em propina”, diz o deputado.

De acordo com o gabinete de Gilmaci, não foi convocada reunião da Comissão nesta semana porque está havendo audiências públicas para debater o orçamento de de 2026 e a reunião só deve ocorrer após elas serem realizadas. A última reunião está prevista para o dia 15 de outubro.

Em nota, a secretaria a Fazenda informou que o secretário e o secretário-executivo compareceram ao Ministério Público e se colocaram à disposição para colaborar com as investigações. Eles solicitaram o compartilhamento das provas para a coordenação das investigações entre MP e Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp).