Após ser advertido por Moraes, Bolsonaro opta por permanecer em silêncio
Conselheiros avaliam que condições impostas pelo STF geram dúvidas sobre o que pode ou não ser feito, levando à decisão de evitar manifestações públicas
Jair Bolsonaro decidiu manter-se em silêncio nos próximos dias para evitar possíveis complicações legais, incluindo o risco de prisão preventiva. A decisão vem após avaliação de seus conselheiros sobre as medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes.
A defesa de Bolsonaro solicitou esclarecimentos adicionais ao STF no começo da semana, buscando entender especificamente se existe proibição quanto ao uso de suas falas em redes sociais por terceiros. Uma das principais preocupações é a impossibilidade prática de controlar a disseminação de declarações feitas em entrevistas televisivas.
Mesmo após nova manifestação de Moraes, persistem questionamentos sobre os limites impostos. A ambiguidade da decisão levou à estratégia de manter silêncio em aparições públicas, visando prevenir possíveis violações das medidas cautelares.
A decisão inicial, que autorizou a operação da Polícia Federal, apontava preocupações sobre o uso das redes sociais por Bolsonaro em relação a questões de soberania nacional. Especificamente, foram mencionadas publicações anteriores à operação que faziam referência a medidas anunciadas por Donald Trump.
Posteriormente, houve um ajuste no discurso, com Bolsonaro e seus aliados se distanciando das conexões com as declarações de Trump. A situação permanece sob análise dos ministros do STF, tendo apenas Luiz Fux apresentado divergência em relação às medidas cautelares impostas.