Em contraponto a Barroso, Fachin deve imprimir estilo discreto ao STF
Futuro presidente do Judiciário, porém, já sinalizou que não se furtará a defender a Suprema Corte quando criticada

O ministro Edson Fachin pretende imprimir um estilo discreto ao STF (Supremo Tribunal Federal) durante seu mandato como presidente.
Nesta quarta-feira (13), em uma votação simbólica, o magistrado será escolhido para conduzir a Suprema Corte a partir de setembro.
Em contraponto ao atual presidente Luiz Roberto Barroso, Fachin é resistente a declarações públicas ou entrevistas à imprensa.
O magistrado também evita discursos inflamados e participações em eventos políticos, como o Fórum de Lisboa, do decano Gilmar Mendes.
Na visão de integrantes da Suprema Corte, a expectativa é de que o novo presidente adote um estilo semelhante ao da ex-ministra Rosa Weber, que instituiu um estilo avesso aos holofotes.
Isso não significa, dizem magistrados da Suprema Corte, que Fachin se furtará a ir a público para defender o Poder Judiciário quando necessário.
No comando do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), Fachin se posicionou de forma dura em defesa da integridade dos sistema eleitoral, por exemplo.
Nos seis meses em que esteve no comando da Corte Eleitoral, Fachin promoveu campanha de conscientização do voto jovem e rebateu a postura do então Ministério da Defesa sobre transparência do sistema eleitoral.



