“Diminuir paradas aumenta segurança em viagens presidenciais”, diz ministro à CNN
Marcos Antonio Amaro, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), defende troca de aeronave por um modelo com mais autonomia
O ministro Marcos Antonio Amaro, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), defendeu nesta quinta-feira (3) a troca do avião presidencial.
Dois dias após a aeronave que transportava o presidente Luiz Inácio Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter apresentado uma pane na turbina, ao decolar do México, o ministro disse à CNN que a substituição do VC-1 é fundamental não por uma questão de segurança, mas sobretudo pela melhoria da condição de viagens.
“Convém ter um avião em melhores condições de transportes e trabalho para o presidente da República, que permita ir a qualquer ponto do planeta com o menor número possível de pousos intermediários”, explicou o ministro responsável pela segurança do presidente.
O atual avião da Presidência da República tem uma autonomia de 11 mil quilômetros e capacidade para transportar 45 pessoas, entre passageiros e tripulação.
Com isso, em uma viagem do presidente Lula para o extremo Leste Europeu ou Ásia, por exemplo, é preciso duas ou três paradas intermediárias.
“Quanto menor pousos e decolagens, maior o nível de segurança”, cita Amaro.
O ministro afirmou ainda que o atual avião presidencial — um Airbus A319 — precisa melhorar a sua capacidade de comunicação, oferecer uma ambiente melhor de trabalho e descanso para o presidente. Ele argumenta ainda que nova aeronave deveria comportar um número maior para passageiros.
“É um preciso uma aeronave com mais capacidade de comunicação e um local para o presidente fazer reuniões com ministros e continuar trabalhando em uma rotina normal, além de uma área de descanso”, disse.
De acordo com o ministro, um modelo rebatizado como KC-30 (originalmente um A330-200), o mesmo usado para a repatriação de brasileiros no México, poderia atender em autonomia a presidência da República.
A substituição da aeronave voltou a ganhar força após o incidente no México.
Na terça-feira (1º), o avião presidencial, logo após decolar da Cidade do México, às 17h30 (horário de Brasília), apresentou problemas técnicos no motor e precisou retornar.
A aeronave precisou ficar sobrevoando a Cidade do México por cinco horas.
A suspeita é que uma ave tenha atingido a turbina do avião e causado o problema técnico. A causa do incidente está sendo investigada pela Força Aérea Brasileira.