Larissa Rodrigues
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Larissa Rodrigues

Acompanha de perto as articulações do Congresso com o Executivo e como a relação entre os Poderes interfere na vida da população e na economia do país

Análise: judicialização do IOF criaria clima de "guerra" com Congresso

Até governistas se dividem sobre levar questão ao STF; recado de parlamentares é pressão por corte de gastos

Deputados durante sessão de votação no plenário; ao centro o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)  • Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O Congresso Nacional dá sinais de que a pressão sobre o Palácio do Planalto não vai se limitar à derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Após impor uma derrota histórica ao governo, deputados e senadores dobram a aposta e atuam para reforçar discurso sobre a necessidade de reformas estruturantes e racionalidade nas contas públicas.

A possibilidade de judicializar a derrubada do IOF, na avaliação de parlamentares ouvidos pela CNN, tende a azedar ainda mais a relação entre o Executivo e o Legislativo. Um sinal com potencial de transformar uma “guerra”, cada vez menos fria, em confronto real.

Neste momento, não há consenso nem mesmo dentro do governo sobre a judicialização. Auxiliares têm alertado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que bater de frente pode afetar a pauta do governo e impactar drasticamente nas eleições de 2026.

Caberá a Lula, então, decidir se coloca fogo ou panos quentes. Antes, ouvirá os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em busca de cessar-fogo.

Os dois já colocaram suas posições na mesa. Motta ao reforçar que a decisão da Câmara foi “suprapartidária”. Alcolumbre ao reforçar que o governo saiu derrotado por “várias mãos”. A ver próximos capítulos.