Brasil pede que Celac atue de maneira firme e unida diante de protecionismo
Presidente Lula participará da cúpula, que acontece em Honduras, amanhã (9)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta terça-feira (8) na reunião de chanceleres da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que os países da região devem atuar “de forma unida e firme” no atual contexto de tensões geopolíticas e de protecionismo.
“Diante das transformações por que passa o sistema internacional, marcado, atualmente, por crescentes tensões geopolíticas e pelo refluxo do unilateralismo e do protecionismo, a Celac deve fortalecer-se, de modo a permitir que continuemos, de forma unida e firme, a atuar em temas que são caros para a região”, disse o representante da diplomacia brasileira.
A reunião dos chanceleres realizada em Honduras ocorre em meio ao ambiente de incerteza mundial gerado pelo anúncio de tarifas impostas por Donald Trump às importações.
O ministro brasileiro também ressaltou ver positivamente a realização do fórum entre a Celac e a China em Pequim, prevista para ocorrer ainda neste semestre. Segundo ele, o evento ocorrerá “em um momento político especialmente relevante para demonstrar a importância de uma agenda de cooperação econômica e de investimentos para a região”.
Ele pediu, no entanto, maior coordenação prévia entre os países da Celac antes dos contatos com a China e União Europeia, com quem também deve haver reunião neste ano.
Em outro trecho do discurso realizado a portas fechadas, o chanceler brasileiro pediu que as divergências entre os países da região não afetem a procura por soluções baseadas no diálogo e no entendimento.
“Não podemos deixar que divergências, por relevantes que possam ser, inviabilizem debates e decisões que são fundamentais para todos os nossos países”, pediu.