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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Nas capitais, seis candidatos a vereador usam nome de Bolsonaro mesmo sem ser da família

    Justiça Eleitoral e Ministério Público não têm entendimento nacional pacificado sobre o tema

    Pelo menos seis candidatos a vereador — levando em conta apenas as capitais do país — usam o sobrenome de Jair Bolsonaro mesmo sem ter parentesco com a família do político, para pegar carona na popularidade do ex-presidente.

    A Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral (MPE), entretanto, não têm um entendimento nacional pacificado sobre o tema.

    Concorrem, por exemplo, candidatos como Joany Dote Bolsonaro, que na verdade é Joany da Silva – ela disputa em Campo Grande (MS) pelo PL. Também pelo partido do ex-presidente, mas em Boa Vista (RR), está Deilson Bolsonaro, que na certidão de nascimento é Valdeilson da Silva.

    Pelo Avante, há ainda o candidato Bolsonaro Sergipano, em Aracaju (SE), que atende pelo nome oficial de Francisco de Olinda de Assis. Todos eles aguardam o deferimento dos seus pedidos de registro de candidatura. Os dados constam no DivulgaCand, sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A CNN ainda tenta contato com os citados para manifestação.

    Deilson Bolsonaro, Bolsonaro Sergipano e Joany Bolsonaro são candidatos a vereador nas eleições de 2024
    Deilson Bolsonaro, Bolsonaro Sergipano e Joany Bolsonaro são candidatos a vereador nas eleições de 2024 • Reprodução/TSE

    O cenário replica o que ocorreu nas eleições de 2022, quando 37 pessoas requisitaram candidatura adotando o nome Bolsonaro. Nem todos, entretanto, obtiveram aval para tal. Em alguns casos, a leitura foi de que o sobrenome gerava dúvidas sobre a real identidade do concorrente, o que é proibido pelo TSE.

    O próprio filho do ex-presidente, Jair Renan, está na mira do MPE por ter se cadastrado com o nome “Jair Bolsonaro”. Segundo o analista da CNN Teo Cury, procuradores entendem que isso pode induzir os eleitores a erro.

    À analista da CNN Jussara Soares, o ex-presidente disse tratar-se de perseguição: “O nome do moleque é esse mesmo”.

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