STF vê diálogo Lula-Trump como “sinal positivo” para fim de sanções
Ministros avaliam que atuação independente da Corte brasileira virou “problema menor” para presidente dos EUA

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam que a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um “sinal positivo” para o fim das sanções impostas a autoridades brasileiras.
A atuação do Supremo -- tanto nas ações da trama golpista quanto nos julgamentos sobre as “big techs” -- foi citada expressamente por Trump, em julho, como um dos motivos para o tarifaço de 50% a produtos brasileiros.
Passados quase três meses, a avaliação de integrantes da Corte é de que esse virou um “problema menor” para o presidente norte-americano, diante do crescimento das críticas de seus próprios apoiadores sobre sua política econômica e comercial.
Prova disso seria o fato de que os gestos “amigáveis” de Trump a Lula ocorreram depois que a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro - nome que sequer foi citado durante o telefonema desta segunda-feira.
A leitura dos ministros é de que o Poder Judiciário brasileiro conseguiu dar a Trump o recado de que não vai se curvar a pressões estrangeiras, independentemente de tarifaço, suspensão de vistos ou aplicação da Lei Magnistsky por parte dos EUA.
Nesse contexto, a falta de produtos brasileiros no mercado norte-americano pesaria mais para Trump neste momento do que as alegações de perseguição política feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo blogueiro Paulo Figueiredo.