“Herege”: Hugh Grant diz que sua persona de comédia romântica é uma mentira
Ao Na Palma da Mari, ator afirma que sempre foi malvado e perigoso
“Simplesmente Amor”, “Um Lugar Chamado Notting Hill”, “Letra e Música”… esses são alguns filmes de comédia romântica que vimos e nos apaixonamos pelo charme de Hugh Grant como o mocinho. Mas não é o caso do filme de terror “Herege”, que estreia nos cinemas no dia 20 de novembro. Em entrevista à CNN, o ator disse que foi um alívio interpretar o vilão.
“Minha persona em comédias românticas sempre foi uma grande mentira. Sempre fui malvado e perigoso”, justifica.
Na trama, ele é o Sr. Reed, um senhor recebe em casa duas missionárias que propõem evangelizá-lo, mas as prende no local e revela ser uma pessoa muito perigosa.
O clima é bem tenso e assustador no filme, mas o elenco garante que não era assim nos bastidores.
“Ele [Sr. Reed] não é explicitamente sinistro, então acho que dava para brincar entre as cenas”, conta a atriz Chloe East. “Eu estava me colocando no lugar da minha personagem, sabe, que começa acreditando nessa persona agradável, sem pensar muito nisso”.
Mas Hugh Grant não é como o vilão, ela assegura. “Acredito que você é uma pessoa legal”, diz à Hugh Grant.
“Acho isso muito questionável”, responde o ator.
Segundo o elenco, o cenário escuro e empoeirado e as máquinas de fumaça ajudavam a entrar na atmosfera de terror.
“Não diria que foi uma experiência alegre ou hilariante, mas acho que foi muito apropriado para o filme que fizemos”, descreve Grant.
“Herege” foge um pouco do modelo padrão e um filme do gênero. Não mostra alguém entrando em uma rua escura, um assassino escondido atrás da porta, e os atores acham que esse é o diferencial.
“Quebra as regras de muitas maneiras. Tem muito diálogo, muito mesmo. E é um diálogo bem controverso sobre religião e fé. É todo ambientado em poucos cômodos”, observa Grant. “Essas são coisas que normalmente você não faz em nenhum filme, muito menos em um de terror. Então o que quero dizer é que somos fascinantes e inovadores. Revolucionários”.
A história também tem a intenção de fazer o público refletir.
“O final é aberto a interpretações e, pessoalmente, adoro quando finais são abertos a interpretações”, opina Sophie Thatcher. “Eu percebo que me sinto diferente cada vez que assisto ao filme. Na última vez que assisti ao filme, saí me sentindo emocionada e esperançosa. Já na primeira vez saí me sentindo realmente sem esperanças. Então é interessante ter uma reação diferente a cada vez”.
“Acho que qualquer que seja sua reação inicial ou seu pensamento sobre o que é o final, provavelmente essa impressão fala sobre suas crenças”, completa Chloe East.