Mariana Janjácomo
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Mariana Janjácomo

Correspondente em Washington, Mariana Janjácomo é mestre em jornalismo pela New York University e morou por cinco anos em Nova York antes de se mudar para a capital americana e acompanhar de perto todas as movimentações do governo federal.

Senadores vão aos EUA no início do recesso parlamentar em Washington

Comitiva brasileira chega aos EUA em 28 de julho, quando Câmara dos Representantes já está em recesso; senadores americanos interrompem trabalhos em 31 de julho

Capitólio de Washington  • 18/01/2024REUTERS/Leah Millis
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A visita de senadores brasileiros aos Estados Unidos para discutir as tarifas sobre importações pode acontecer em meio a uma capital americana esvaziada por causa do recesso parlamentar, quando políticos voltam para suas cidades de origem.

A Câmara dos Deputados americana resolveu entrar em recesso mais cedo que de costume, na quarta-feira (23) à tarde, como uma manobra da maioria republicana para evitar votos sobre a divulgação de arquivos do caso Epstein.

Os senadores, por sua vez, ficam em sessão somente até 31 de julho.

Segundo a agenda divulgada a jornalistas, a comitiva brasileira deve ficar na cidade entre 28 e 30 de julho e ter encontros com lideranças empresariais e autoridades americanas.

Os nomes dos interlocutores com quem os brasileiros planejam conversar não foram divulgados.

Os senadores foram aconselhados pelo chanceler Mauro Vieira a adotar tom de diálogo nos encontros com parlamentares. O grupo teve uma reunião com o ministro na quarta-feira (23) para serem informados sobre o andamento das negociações sobre o tarifaço.

Segundo apuração da CNN, os parlamentares devem dizer às autoridades americanas que a imposição das tarifas contra o Brasil pode abrir uma oportunidade para o crescimento da relação com a China -- um ponto sensível aos Estados Unidos.

A viagem da comitiva brasileira acontecerá poucos dias antes do prazo para que a tarifa de 50% contra os produtos brasileiros entre em vigor: 1° de agosto.

Enquanto isso, o impasse com o governo de Donald Trump continua.