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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    Ataques a Moraes, Nunes x Marçal e aceno de Tarcísio: veja o que marcou o ato com Bolsonaro em SP

    Manifestação organizada na Av. Paulista teve ainda “trio elétrico paralelo” e romaria de candidatos

    Não era nem meio-dia ainda e centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo já seguravam cartazes na Avenida Paulista pedindo o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    As críticas a Moraes marcaram o evento convocado por líderes da direita brasileira, em especial, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A estratégia para o evento repetiu o mesmo rito de outras manifestações pró-Bolsonaro, com trio elétrico, grades de proteção para demarcar um “cercadinho VIP”, bandeiras de Israel, transmissão profissional ao vivo por vídeo, presença de parlamentares e discursos com duras críticas ao Supremo Tribunal Federal.

    Desta vez, no entanto, os microfones foram vetados aos candidatos por decisão do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que organizou a lista de discursos, priorizando os bolsonaristas “raiz”, como os deputados Nikolas Ferreira, Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro, e o senador Magno Malta, todos do PL.

    A principal avenida da capital paulista foi tomada por bandeiras, cartazes e santinhos de diversos candidatos a vereador ligados a partidos de direita. Já os postulantes da Prefeitura, como o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, e Pablo Marçal, do PRTB, marcaram presença, mas em circunstâncias diferentes.

    Nunes foi com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Bolsonaro até a manifestação direto da sede do Palácio dos Bandeirantes, na zona Sul de São Paulo, onde os três estavam. O prefeito subiu no trio elétrico, cantou o hino e se manteve entre as autoridades.

    Marçal, por sua vez, chegou de helicóptero, já no final do evento, durante o discurso de Jair Bolsonaro. Ele foi impedido de subir no trio, mas conseguiu gravar, cortar e postar imagens sendo cumprimentado, fotografado e aplaudido por pessoas que estavam no local.

    A Avenida Paulista foi tomada por itens de propaganda de Marçal, como bandeiras, bonés e toalhas. O apoio a Nunes foi mais discreto.

    Anistia para presos no 8/1

    O pedido de anistia para os presos que participaram da invasão da sede dos Poderes no dia 8 de janeiro do ano passado também marcou os discursos. Tarcísio foi um dos que defendeu a ideia, que está em debate por meio de um projeto de lei em debate na Câmara dos Deputados.

    “A nossa causa, hoje e aqui, é uma causa justa. Nossa causa é a liberdade. Nossa causa é anistia”, disse Tarcísio.

    “Que essa imagem de gente que está aqui hoje sirva de inspiração para os nossos congressistas, para que a gente possa conquistar de volta a nossa liberdade, para que não haja censura, não haja banimento de rede, para que não haja esse exagero. Nós queremos a pacificação, mas a pacificação pressupõe gestos, e nós queremos ver esses gestos”, completou o governador.

    A fala do governador de São Paulo é um aceno ao eleitor de direita, conservador. Tarcísio tem sido o fiador da campanha de Ricardo Nunes, entregando a ele um engajamento que a campanha do atual prefeito ainda não conseguiu conquistar de Bolsonaro.

    O fator catalisador da manifestação foi a briga de Elon Musk com Alexandre de Moraes. Cartazes, camisas e discursos defenderam o empresário dono do X, antigo Twitter. Os manifestantes presentes no ato classificaram de censura a suspensão da rede por não ter representantes legais no Brasil.

    Trio elétrico paralelo

    Um trio elétrico “paralelo” incomodou os presentes no ato. O som alto e discursos paralelos incomodaram até mesmo Jair Bolsonaro, que reclamou.

    “Se for possível parar esse som, a gente agradece. Ou, então, pede pra alguém sabotar, arranca o cabo da bateria desse carro. Se esse picareta quer fazer um evento, anuncie, convoque o povo e faça”, disse ele antes do discurso.

    À CNN, Silas Malafaia disse que o locador do caminhão paralelo tinha autorização da Prefeitura e da Polícia Militar, mas que nos próximos eventos vai tentar evitar que isso aconteça.

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