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    Bolsonaro chama Moraes de “ditador” e pede que Senado coloque freio no ministro do STF durante ato em SP

    Ex-presidente volta a pedir anistia para presos na “armação” de 8/1, diz que “aquilo jamais foi um golpe de Estado” e que Moraes conduziu eleição de 2022 “de forma parcial

    Lucas SchroederFelipe Souzada CNN , São Paulo

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “ditador” durante ato contra o magistrado organizado neste sábado, 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo.

    “Devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais daqueles que saem, que rompem, os limites das quatro linhas da nossa Constituição. E eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores no local.

    O ex-presidente acusou também Moraes de conduzir de “forma parcial” o processo eleitoral de 2022, quando Bolsonaro acabou derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segundo turno.

    “As eleições de 2022, aos poucos vocês vão tomando conhecimento, foi totalmente conduzida de forma parcial pelo presidente do Tribunal Superior Eleitora, Alexandre de Moraes. Eu não podia fazer nada: não podia fazer live da minha casa, não podia voltar as imagens dos 7 de Setembro”, afirmou.

    Bolsonaro voltou a pedir anistia aos presos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e classificou o episódio como uma “armação”. Na ocasião, as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas por vândalos.

    “Passamos por momentos difíceis, como aquela armação do dia 8 de janeiro. Quis Deus que eu me ausentasse do país, dia 30 de dezembro, eu tinha um pressentimento, mas não sabia o que aconteceria. Aquilo jamais foi um golpe de Estado”, declarou Bolsonaro.

    Manifestantes carregam cartazes e adesivos contra Mores

    O ato de hoje foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e teve ainda discursos dos deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Julia Zanatta (PL-SC), além do senador Magno Malta (PL-ES) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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