Pedro Venceslau
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Pedro Venceslau

Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

Explosões em Brasília expõem divisão no PT sobre anistia

Enquanto Washington Quaquá defendeu anistia para “incautos”, Gleisi Hoffmann cobrou punição a “todos os envolvidos” no 8/1

Bandeira do Partido dos Trabalhadores  • Reprodução: Flickr
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As explosões na Praça dos Três Poderes expuseram uma divisão interna no PT sobre como tratar do projeto que anistia os envolvidos nos ataques do 8 de janeiro.

“É claro que o atentado atrapalha muito o projeto de anistia, mas ele ajudaria a reconciliar o Brasil. Não interessa a esquerda manter essa polarização. Defendo a anistia para os incautos, e não para os políticos e financiadores”, disse à CNN o deputado e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, vice-presidente nacional da sigla.

Em mensagem na rede X, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, foi no caminho oposto.

“O atentado de ontem em Brasília confirma que é imprescindível processar e punir todos os envolvidos no 8 de janeiro, como disse hoje o ministro Alexandre de Moraes”, escreveu a dirigente.

Em outro trecho da mensagem, Gleisi disse que quase dois anos depois dos acampamentos nos quartéis, da invasão da Polícia Federal, da bomba plantada no aeroporto de Brasília e da invasão dos Três Poderes, “vemos crescer um perigoso movimento para normalizar a extrema direita”.

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nessa quarta-feira (13) após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes.