Rita Mundim
Blog
Rita Mundim

A comentarista de economia da CNN é especialista em Mercado de Capitais pela UFMG e em Ciências Contábeis pela FGV. Em 2024, ganhou o prêmio de Influenciadora Coop da Organização das Cooperativas Brasileiras.

Análise: Copom cobra redução de gastos para reduzir juro

Banco Central cobra redução de gastos do governo para possibilitar queda da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano

Compartilhar matéria

O Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 15% ao ano. No documento, a autarquia sinaliza que a Selic deverá permanecer em um patamar elevado por um período mais longo do que o anteriormente previsto.

Na análise do conteúdo, observa-se que a ata não trouxe grandes novidades em relação ao comunicado divulgado logo após a decisão. Ainda assim, o mercado reagiu positivamente, com as ações dos bancos subindo diante da possibilidade de encerramento do ciclo de aperto monetário.

O Banco Central também fez um alerta ao governo, cobrando medidas fiscais mais eficazes. A avaliação é que, se a política fiscal vai mal — considerando o déficit fiscal e as ações necessárias para revertê-lo em equilíbrio ou superávit —, e se não houver uma decisão política clara no sentido de cortar gastos e atacar as causas estruturais dos problemas, o Brasil continuará em um ciclo de sufoco econômico.

A falta de cortes de despesas e o aumento constante da carga tributária acabam prejudicando a produtividade nacional. Isso gera um ciclo vicioso de juros altos e baixo crescimento. O Banco Central, portanto, enfatizou que só será possível reduzir os juros de forma sustentável com controle de gastos públicos e reformas estruturantes.

No cenário externo, a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que os juros nos Estados Unidos podem começar a cair antes do previsto, contribuiu para um ambiente mais otimista nos mercados. Além disso, o cessar-fogo entre Israel e Irã e a queda nos preços do petróleo aliviaram preocupações relacionadas à inflação global.

O recuo dos preços do petróleo para níveis anteriores ao conflito é visto como uma notícia positiva para o controle inflacionário no Brasil. Essa redução nos preços ajuda a evitar pressões sobre os combustíveis e, consequentemente, sobre a inflação geral, o que pode abrir espaço para futuras quedas na taxa Selic.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais