Rita Mundim
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Rita Mundim

A comentarista de economia da CNN é especialista em Mercado de Capitais pela UFMG e em Ciências Contábeis pela FGV. Em 2024, ganhou o prêmio de Influenciadora Coop da Organização das Cooperativas Brasileiras.

Análise: Moraes questiona fins fiscais de alta do IOF

Ministro do STF levantou dúvidas sobre o uso do imposto para fins arrecadatórios, contrariando sua natureza regulatória

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, levantou questionamentos sobre a finalidade do recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) decretado pelo governo. Moraes deixou no ar uma dúvida crucial sobre a natureza do tributo: o IOF seria um imposto de caráter regulatório, e não arrecadatório.

A discussão gira em torno do uso do imposto pelo governo para cumprir metas fiscais. Quando o Ministério da Fazenda afirma precisar do IOF para atingir tais metas, estaria tratando um imposto regulatório como se fosse arrecadatório — o que levanta preocupações sobre a legalidade e a adequação dessa abordagem.

Após a decisão de Moraes, o Índice Bovespa, que estava em queda, se recuperou e fechou em ligeira alta. No entanto, o volume de negociações foi considerado baixo, em torno de R$ 9 bilhões, devido ao feriado nos Estados Unidos.

Paralelamente, há um estudo em andamento na Receita Federal que está sendo incorporado às justificativas do governo. Esse estudo pode ser decisivo para a audiência de conciliação prevista para o dia 15, na qual o governo buscará defender a legitimidade do aumento do IOF.

Durante um evento do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o único número negativo da economia brasileira é a taxa de juros. A declaração foi criticada por analistas, que apontam que a alta dos juros é consequência direta de problemas estruturais.

Segundo essa avaliação, a taxa de juros permanece elevada porque a inflação é alta — e a inflação é alta porque o governo gasta muito, e gasta mal. O Brasil também figura entre os países com maior carga tributária da América Latina, com mais de 33% do PIB destinado ao pagamento de impostos.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.
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