Rita Mundim
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Rita Mundim

A comentarista de economia da CNN é especialista em Mercado de Capitais pela UFMG e em Ciências Contábeis pela FGV. Em 2024, ganhou o prêmio de Influenciadora Coop da Organização das Cooperativas Brasileiras.

Mundim: Guerra comercial reduz previsões do FMI

Relatório aponta desaceleração econômica mundial e projeta crescimento de 2% do PIB brasileiro

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lO Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um novo relatório apontando uma desaceleração no crescimento econômico global, com impactos significativos para diversos países, incluindo o Brasil. O documento, que normalmente é chamado de "relatório de perspectiva econômica", foi rebatizado como "previsões de referência" devido ao alto grau de incerteza no cenário econômico mundial.

De acordo com o relatório, as projeções de crescimento para o Brasil foram reduzidas para 2% tanto para 2024 quanto para 2025, uma queda em relação à estimativa anterior de 2,2%. Esta revisão para baixo não é exclusiva ao Brasil, refletindo uma tendência global de desaceleração econômica.

O FMI atribui grande parte dessa desaceleração à guerra tarifária em curso, especialmente entre Estados Unidos e China. O secretário-geral do FMI chegou a afirmar que o mundo está passando por uma "revolução comercial" sem precedentes nos últimos 80 anos, com todo o sistema comercial global sendo questionado e rediscutido em termos de tarifas.

As projeções para outras economias também sofreram reduções significativas. Os Estados Unidos, por exemplo, tiveram sua expectativa de crescimento rebaixada para 1,8% em 2024 e 1,7% em 2025. A China, por sua vez, viu suas projeções caírem para 4% tanto para 2024 quanto para 2025.

Um dos dados mais alarmantes do relatório é a previsão para o comércio global. O FMI projeta que o crescimento do comércio mundial será reduzido à metade do que foi observado em 2023, com uma expectativa de crescimento de apenas 1,7% para 2024, uma queda de 1,5 ponto percentual em relação às projeções anteriores.

Apesar do cenário global desafiador, o Brasil parece estar nadando contra a corrente. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil, ajustou ligeiramente para cima a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2%, em contraste com a tendência de desaceleração global.

Analistas atribuem essa divergência às políticas econômicas adotadas pelo governo brasileiro, que incluem incentivos ao crédito e estímulos fiscais. No entanto, há preocupações quanto à sustentabilidade desse crescimento a longo prazo, uma vez que ele é baseado principalmente em crédito e distribuição de incentivos, em vez de investimentos que aumentem a capacidade produtiva do país.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.
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