Tainá Falcão
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Tainá Falcão

Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

Corregedor da Câmara quer "direito ao contraditório" antes de punições

À CNN, deputado diz que deve pedir extensão de prazo para casos de suspensão

Sessão da Câmara dos Deputados  • Lula Marques/Agência Brasil
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A Câmara dos Deputados deve estender o prazo para análise de punições mais severas aos parlamentares envolvidos na ocupação do plenário, na última semana.

O corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), defendeu à CNN a extensão do prazo para penalizar casos mais emblemáticos, referindo-se à situação de deputados que tem mais chance de serem suspensos do mandato, seja porque bloquearam fisicamente a passagem de Hugo Motta (Republicanos-PB) ou se envolveram em agressão.

Catorze nomes chegaram ao corregedora na última sexta-feira (8), mas a notificação oficial só ocorreu nesta segunda.

Até terça (12), a corregedoria pode deliberar sobre punições mais brancas, a exemplo de advertências.

Uma nova reunião da mesa diretoria será feita, entre hoje e amanhã, para uma decisão em conjunto sobre as punições. Depois da análise, os casos devem ser enviados para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

“Cada um que participou tem sua parcela de culpa, tem sua contribuição. A corregedoria foi notificada, as análises técnicas estão sendo feitas e, em breve, teremos mais novidades.”, disse o corregedor à CNN.

A CNN apurou que a ideia inicial do presidente da Câmara seria punir, expressamente, ao menos 4 parlamentares: Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hatten (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC) e Camila Jara (PT-MS), mas sem acordo, com resistências do PT e do PL, especialmente, decidiu acatar sugestão do quarto secretário, Sérgio Souza (MDB-PR) para deixar a decisão para a corregedoria e, posteriormente, ao conselho de ética.

À CNN, ainda na sexta, o presidente da Câmara defendeu "punições pedagógicas" aos parlamentares que dificultaram o acesso de Hugo Motta (Republicanos-PB) à Mesa Diretora durante obstrução.