Tainá Falcão
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Tainá Falcão

Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

Lula mantém ofensiva por Pacheco em 2026 mesmo diante de apostas para o STF

Presidente defende que senador se lance ao governo de Minas em 2026; ao mesmo tempo, Rodrigo Pacheco voltou a ser cotado como opção para uma vaga na Suprema Corte

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião ao lado do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco  • Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mantido investidas sobre Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente do Senado, para disputar o governo de Minas Gerais, em 2026.

Pacheco confirmou à CNN que almoçou com o presidente na última terça-feira (12), em Brasília, em um encontro fora da agenda. Na ocasião, Lula se referiu ao ex-presidente do Senado como “meu governador”.

O gesto foi encarado com bom humor pelo senador, que ainda não dá pistas sobre seu destino político.

Pacheco reconhece a boa relação que tem com o presidente e a proximidade que tiveram quando Lula assumiu o terceiro mandato em meio a dificuldades no Congresso, mas ainda não tem certeza se será candidato ao governo de Minas no próximo ano.

A chapa de Pacheco incluiria partidos de centro-esquerda para rivalizar contra candidatos à direita. A aposta no governo é de que haverá uma fusão entre a oposição.

Atualmente, a direita está dividida entre a candidatura do senador Cleitinho (Republicanos-MG), favorito nas pesquisas, e a do vice-governador de Romeu Zema, Mateus Simões (Novo). Outro nome possível seria o do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), mas o parlamentar rejeita a disputa nos bastidores.

A decisão de Pacheco sobre o governo de Minas vai depender das pesquisas de intenção de voto. Segundo os últimos levantamentos, ele aparece hoje atrás do senador Cleitinho.

A indecisão do ex-presidente do Senado surge em um momento em que o nome dele volta a ser cotado como opção para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Barroso tem sinalizado que pode deixar a cadeira de ministro no STF ao concluir sua gestão como presidente da Corte, em setembro.

Para o projeto em longo prazo, Pacheco tem apoio na própria Suprema Corte. Os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes são citados como seus principais entusiastas.