“Tem que investigar, mas tem que ter provas”, diz Otto sobre Moraes e BC
À CNN, presidente da CCJ no Senado ressaltou necessidade de validar provas relacionadas a suposta intervenção do ministro do STF em relação ao Master

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que as alegações de suposta pressão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre o Banco Central, em favor do Banco Master, precisam ser investigadas, mas ressaltou que as acusações devem ser validadas por provas.
Segundo Otto, o caso tem sido tratado como se já houvesse uma conclusão antecipada. “Precisa investigar, mas precisa ter prova. Esse caso, de alguma forma, foi alvo de um julgamento liminar, sem as devidas provas, sobre uma suposta influência dele junto ao Banco Central”, afirmou o senador.
Otto avalia que manifestações públicas sobre o episódio podem reforçar a ideia de condenação antes do esclarecimento completo dos fatos. “Ele soltou duas notas, e isso fica como, às vezes acontece, aquele julgamento sem provas, em que se condena antes de apurar”, disse.
O presidente da CCJ no Senado saiu em defesa do ministro do STF, a quem atribui mérito por atuar na defesa da democracia durante investidas golpistas no governo passado. “De qualquer sorte, Moraes, pela coragem dele, por sustentar, na unha, a democracia, quando muitos tiveram medo de enfrentar o poder político-econômico… até o presidente dos Estados Unidos. Até que se prove o contrário, confio no trabalho dele”, declarou à CNN.
As declarações ocorrem em meio ao debate no Senado sobre a possibilidade de investigações parlamentares envolvendo o Banco Master e a atuação de Moraes no caso.



