Em 30 anos, mundo vai ser de 40% a 60% mais elétrico, diz chairman da Schneider Electric

Para o líder, as tecnologias digitais combinadas com a eletrificação têm um enorme potencial como fonte de energia segura, confiável e sustentável que pode ajudar a atender às crescentes demandas globais de energia de maneira sustentável, esforço que também se reflete no mercado brasileiro

Anne Barbosa, da CNN, em São Paulo
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Em visita ao país, o presidente do conselho administrativo de um dos maiores grupos do setor de energia do mundo, a Schneider Electric, Jean-Pascal Tricoire, afirmou em entrevista à CNN na última sexta-feira (16) que o potencial da energia limpa coloca o Brasil em um lugar único no mundo.

"O Brasil tem um ativo que é sua eletricidade verde, porque vem de fontes renováveis. A eletricidade hoje é apenas 20% do consumo de energia do Brasil. Olhando para a perspectiva global, o mundo está alinhado com o Brasil nos 20%. Em 30 anos, o mundo vai ser de 40% a 60% elétrico. Espere que o seu ambiente seja de duas a três vezes mais elétrico."

Tricoire veio ao Brasil para participar de um evento oficial da companhia, em São Paulo, e também para o Innovation Summit 2023, que acontece em Belo Horizonte nos dias 19 e 20 de junho. Questionado sobre o caminho para um crescimento aliado à sustentabilidade, o chairman da empresa afirmou que é preciso empenho.

“Você será melhor pago se tiver um desempenho econômico, mas também se tiver um desempenho sustentável. Tem muito a ver com cultura, com educar e dialogar. Afinal, economia e ecologia também andam juntas”, disse.

Para o líder, as tecnologias digitais combinadas com a eletrificação têm um enorme potencial como fonte de energia segura, confiável e sustentável que pode ajudar a atender às crescentes demandas globais de energia de maneira sustentável, esforço que também se reflete no mercado brasileiro.

“Você pode fazer com que qualquer edifício seja 30% mais eficiente, tornando-o mais digital. Você pode ter muita economia, além de ser melhor para o planeta. Poucos edifícios são digitais hoje. É tudo uma questão de implementação, 70% das emissões de carbono poderiam ser eliminadas com a tecnologia existente”, reforça.

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